Centro de cibersegurança planeia ações de sensibilização com partidos

por Lusa

Lisboa, 21 jul 2019 (Lusa) -- O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) está a planear fazer ações de sensibilização em cibersegurança em eleições a responsáveis de campanha dos partidos concorrentes às legislativas de outubro, afirmou à Lusa fonte do CNCS.

A exemplo do que aconteceu noutras eleições, o centro terá uma sala de situação e acompanhamento para o dia das legislativas de 06 de outubro, segundo a mesma fonte.

Com a sala de situação a funcionar -- existe uma na sede do centro de cibersegurança, em Lisboa - é possível dar uma resposta mais rápida a reagir a um eventual incidente ou ataque cibernético.

Além das ações de sensibilização com deputados, e outra em preparação com os responsáveis de campanha dos partidos, está igualmente a ser planeada a distribuição de um documento ou manual de boas práticas em cibersegurança.

O CNCS está igualmente a planear ações de sensibilização ao cidadão, nas redes sociais, com especial enfoque na desinformação, fenómeno a que podem estar associadas as chamadas `fake news` e que preocupa da União Europeia.

Todas as ações do centro de cibersegurança estão a ser trabalhadas em articulação com a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Nas eleições europeias de 26 de maio, o CNCS "não registou incidentes" associados "ao período de pré-campanha, campanha e eleições".

O CERT.PT, serviço do CNCS que coordena a resposta a incidentes de cibersegurança envolvendo entidades estatais, operadores de serviços essenciais, de infraestruturas e de serviços digitais, "não registou incidentes que tenham sido associados ao período de pré-campanha, campanha e eleições propriamente ditos", lê-se numa resposta dada à Lusa pelo centro nacional de cibersegurança.

Antes das europeias, o CNCS fez, em abril, um exercício nacional para testar eventuais incidentes no ciberespaço, no âmbito do processo eleitoral.

Em 14 de junho, em Washington, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, relativizou o problema de eventuais interferências estrangeiras com `fake news` em Portugal, afirmou não haver "grandes provas" de que tenha acontecido em eleições, como as europeias de maio, embora reconheça que o país também está vulnerável.

As `fake news`, comummente conhecidas por notícias falsificadas, desinformação ou informação propositadamente falsificada com fins políticos ou outros, ganharam importância nas presidenciais dos EUA que elegeram Donald Trump, no referendo sobre o `Brexit` no Reino Unido e nas presidenciais no Brasil, ganhas pelo candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro.

 

 

Tópicos
pub