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CML Rússia. Catarina Martins diz que auditora não trouxe "muitas novidades"

por Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou hoje que auditoria interna ao envio de dados pessoais pela Câmara de Lisboa para embaixadas não trouxe "muitas novidades", pelo que o partido aguardará os dados da Comissão de Proteção de Dados.

"A auditoria não trouxe casos novos em relação ao que já conhecíamos. Não quer isto dizer que os dados não sejam graves, são graves, são sérios, devem-nos preocupar, mas na verdade não há assim muitas novidades no que foi conhecido agora e há outras informações que nós estamos a aguardar também", afirmou Catarina Martins à margem de um encontro com um grupo de trabalhadores das pedreiras, no Porto.

Escusando-se a comentar a decisão de exonerar o responsável pela proteção de dados anunciada hoje pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, em conferência de imprensa, Catarina Martins assegurou que irá ler "com muita atenção a auditoria", reservando uma posição do partido para o momento em que forem conhecidos os dados solicitados à Comissão Nacional de Proteção de Dados.

"Estamos à espera desses dados e julgo que esses dados serão importantes para as decisões que venham a ser tomadas", disse.

Aos jornalistas, a coordenadora reiterou, contudo, que este é um caso grave.

"Nós já tínhamos dito que é grave, que é muito grave e, portanto, não tenho nada a acrescentar àquilo que já dissemos. É muito grave essa partilha, mas como eu disse na altura também, se é muito grave a partilha de dados com outros Estados, preocupa-nos também noutras situações", afirmou, lembrando que o partido pediu, no Parlamento, "o levantamento de todas as situações, não apenas das embaixadas".

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, anunciou hoje que vai pedir a exoneração do responsável pela proteção de dados na CML, na sequência da transmissão de dados de manifestantes à embaixada da Rússia.

O autarca falava hoje em conferência de imprensa acerca dos casos de envio de dados pessoais de manifestantes a embaixadas, na qual anunciou cinco medidas que a autarquia vai tomar na sequência deste caso de transmissão de dados de manifestantes.

Outra das medidas vai ser a delegação na Polícia Municipal das competências da autarquia sobre manifestações.

O autarca admitiu ainda que a autarquia de Lisboa "seguiu de perto" a prática dos governos civis na comunicação de dados de promotores de manifestações, mas em 2013 António Costa mandou alterar procedimentos, o que foi reiteradamente desrespeitado pelos serviços.

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