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Congresso do CDS-PP. Cristas ataca "Costa e as esquerdas unidas"

por Carlos Santos Neves - RTP
“O nosso adversário é só um, é António Costa e as esquerdas unidas. Os outros são amigos” Paulo Novais - Lusa

Assunção Cristas chegou na manhã deste sábado a Lamego, onde decorre o 27.º Congresso do CDS-PP, com uma mensagem: o adversário do partido “é António Costa e as esquerdas unidas” e “os outros são amigos”.

Questionada pelos jornalistas à entrada para os trabalhos da reunião magna dos democratas-cristãos, Cristas remeteu para o conteúdo da sua moção, “CDS – Um passo à frente”, que estabelece a estratégia de listas próprias para as próximas eleições europeias e legislativas.
“Dizem que boda molhada é boda abençoada. Eu espero que o nosso Congresso também saia muito bem, como muita força, com muita genica para estes dois anos”, disse Cristas à entrada para os trabalhos, debaixo de chuva.

“Nós queremos ter 116 deputados do centro-direita em Portugal, queremos que o CDS contribua o mais possível para esse número e entendemos que a melhor forma de lá chegarmos é irmos em listas próprias autonomamente”, explicou a sucessora de Paulo Portas.

Quanto a um eventual distanciamento face ao PSD de Rui Rio, Assunção Cristas foi perentória: “O nosso adversário é só um, é António Costa e as esquerdas unidas. Os outros são amigos”.

“O nosso foco está em termos uma alternativa ao governo de António Costa e das esquerdas unidas, essa é a nossa preocupação e sabemos onde estamos e estamos onde sempre estivemos, com propostas muito, muito, muito construtivas, a pensar no dia-a-dia de todos e com a preocupação de ter soluções concretas. É isso que estamos a fazer”, diria adiante.

O que não significa que o atual CDS-PP abdique da ambição de se tornar “o grande partido de centro e de direita” em Portugal. “É isso que eu digo na moção e que direi aqui hoje”, frisou a presidente do partido.

“A solução é ter muito, muito trabalho de formiguinha, muito bons protagonistas, bons candidatos, as melhores ideias, que são construídas não apenas pelo CDS mas com todo o país. É por isso que andamos na rua a ouvir Portugal”, apontou.
“Um passo à frente”

Na sua moção de estratégia global, Assunção Cristas elege como grande objetivo afirmar o CDS-PP como “o partido de todos”, extravasando a tradicional base eleitoral.

No mesmo documento, a líder defende ainda uma “estratégia de proximidade”, que passa, entre outras iniciativas, pelo lançamento da CDS TV, um canal no YouTube cuja gestão caberá a João Almeida.

Para além da moção de Cristas, são primeiros subscritores de moções o antigo secretário-geral José Lino Ramos, o porta-voz da TEM Abel Matos Santos, Pedro Borges de Lemos, da tendência CDS XXI, o líder da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira, o presidente da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, o presidente da Federação dos Trabalhadores Democratas-cristãos, Fernando Moura e Silva, e Miguel Mattos Chaves.

Apenas Mattos Chaves assumiu a intenção de submeter a moção a votos, à semelhança do que fez no Congresso de Gondomar, há dois anos.

c/ Lusa
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