Covid-19. Governo está a consultar partidos sobre "melhores soluções" para todos poderem votar
O primeiro-ministro adiantou este domingo que o Governo está a consultar os partidos políticos para se encontrarem "as melhores soluções". António Costa garante que serão feitos todos os esforços para que o "maior número de pessoas possa votar" nas próximas legislativas, apesar da evolução da pandemia de Covid-19
Questionado pelos jornalistas à margem de um encontro com apoiantes do PS em Elvas, no distrito de Portalegre, o primeiro-ministro e também secretário-geral do Partido Socialista adiantou que a votação de pessoas em isolamento "é um assunto que o Ministério da Administração Interna está a tratar".
"A ministra [da Administração Interna] está a contactar os diferentes partidos de forma a encontrarmos as melhores formas e soluções para garantir que o maior número de pessoas possa votar", afirmou António Costa.
António Costa realçou que as soluções a adotar para estes casos terão que ter em conta as normas, notando que "a lei limita os horários e várias das possibilidades que têm sido aventadas", sem precisar quais.
"Não podendo haver alteração da lei, temos que, dentro do quadro da lei, encontrar as melhores soluções para garantir o fundamental, que é o maior número de pessoas possa votar", insistiu o primeiro-ministro.
Por outro lado, o chefe do Governo vincou que o atual número de casos de Covid-19 demonstra que "o risco que era previsto no início da semana passada tem vindo a minorar".
Disse ainda esperar que "a reabertura com cautela, na segunda-feira, não prejudique esta evolução".
Costa lembrou ainda a nova norma publicada recentemente pela Direção-Geral da Saúde (DGS) que determina que as pessoas com dose de reforço da vacina ficam isentas de isolamento e que "só há isolamento no caso de um contacto de risco com um coabitante".
"Isto diminui muito significativamente o número de pessoas que estarão isoladas sem ameaçar a segurança de quem vai votar", acrescentou.
A votação de pessoas infetadas ou em isolamento nestas eleições legislativas, que decorrem a 30 de janeiro, tem sido amplamente discutida.
Não há ainda uma solução para o exercício do direito de voto para os portugueses que ficarem infetados com Covid-19 ou em isolamento na última semana do mês. Mesmo com a duplicação da capacidade de voto e o dobro das secções de voto antecipado, não há medidas concretas para os eleitores que adoecerem perto do dia das eleições.Há apenas alguns dias, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, adiantava que o Governo nada podia fazer para a resolução deste problema e apelava aos portugueses para que se inscrevessem no voto antecipado, para acautelar um possível isolamento no dia 30.
c/ Lusa