A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, encerrou a convenção europeia do partido, em Lisboa, pedindo aos eleitores que penalizem o PS e aproveitem para mostrar que “há alternativa à maioria dominante de esquerda”.
“É preciso votar nestas eleições”, afirmou, “pelo que significam por si”, mas também “pela força de mostrar que há outra visão e que há uma alternativa à maioria de esquerda dominante em Portugal”, afirmou no final de um encontro dedicado às europeias, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, um arranque da pré-campanha eleitoral.
Assunção Cristas pediu aos militantes e apoiantes que recordem serem estas “as primeiras eleições nacionais depois do Governo das esquerdas unidas” e que “vale a pena lembrar” isso mesmo “àqueles que não se conformam com as esquerdas unidas, que não se reveem em António Costa, que não acham que ele seja um bom primeiro-ministro”.
Na convenção europeia do CDS foram apresentadas as linhas programáticas do CDS às europeias, em que se rejeita "qualquer alteração à regra de unanimidade na votação de questões fiscais a nível europeu" e se defende que a "segurança dos cidadãos é uma prioridade".
"Acreditamos que o espaço europeu pode ser um destino de acolhimento para outros povos, mas exigimos respeito pelas nossas leis, valores e costumes", lê-se no texto.
Cada um dos candidatos do partido às europeias conversaram com convidados, todos independentes, sobre temas como a dimensão social da Europa (Isabel Jonet), Agricultura (Manuel Grave), política externa (João Taborda da Gama) e Mar (Manuel Tarré).
As eleições europeias realizam-se, em Portugal, em 26 de maio.
Em 2009, também com Nuno Melo como cabeça de lista, o CDS-PP elegeu dois eurodeputados, com 8,37% dos votos.
Cinco anos depois, em 2014, o CDS-PP concorreu em coligação com o PSD, que obteve 27,71% dos votos, sete deputados e apenas um dos centristas, Nuno Melo.