Críticas às ciclovias de Lisboa marcaram debate dos candidatos à autarquia

por RTP

Foto: Pedro A. Pina - RTP

Os 12 candidatos à presidência da Câmara de Lisboa estiveram em debate na RTP. Os temas fortes foram a mobilidade e o ambiente, passando pelas críticas a Fernando Medina, nomeadamente em relação às ciclovias.

A maioria dos candidatos à CML disse querer mais investimento e uma transformação na rede de transportes públicos. Em uníssono esteve o ataque a Fernando Medina no que diz respeito à área da mobilidade.

Face às críticas, o atual presidente da Câmara garantiu que agora há mais e melhor acessibilidade e que o que já foi feito está a ser permanentemente monitorizado.

Medina acredita que Lisboa está num período de "transformação" e disse já ter dado mostras de conseguir encontrar uma solução estável e que sirva as prioridades da habitação, mobilidade e combate à pandemia.

Carlos Moedas, que concorre pela primeira vez à Câmara da capital, disse estar "cada vez mais perto de ultrapassar Fernando Medina".

Beatriz Gomes Dias, candidata do Bloco de Esquerda, frisou que as mudanças dos últimos quatro anos, em que o BE trabalhou em acordo com o PS, já foram significativas, mas insiste que a habitação ainda requer mais transformações.

João Ferreira, da CDU e vereador na Câmara de Lisboa há oito anos, concorre pela terceira vez à presidência e destacou que "demasiadas vezes, interesses particulares em Lisboa prevaleceram sobre o interesse comum", nomeadamente interesses na área da especulação imobiliária.

Já Bruno Horta Soares (Iniciativa Liberal) salientou que "a confiança é a melhor arma para combater a pobreza" e apresentou-se como "a nova opção" da cidade de Lisboa.

Manuela Gonzaza, do PAN, defende que "há muitas coisas a resolver na Câmara" e que tem de se governar não só com economia, mas também "com o coração", tendo sempre em conta o fator humano.

O candidato do Chega, Nuno Graciano, diz haver "uma neblina que paira sobre a Câmara Municipal" e que o seu partido quer fazer desaparecer. "Não é à toa que os meus cartazes dizem 'Lisboa sem corrupção'", declarou, referindo que as medidas propostas por si passam por auditorias frequentes à CML.

Bruno Fialho, PDR, entende que o seu partido é o único que apresenta medidas concretas para Lisboa, em vez atacar os restantes. Apontou as ciclovias como "um dos grandes problemas" da capital neste momento.

Sofia Afonso Ferreira, do movimento Nós Cidadãos, acusou a atual autarquia de falta de transparência com indícios graves de corrupção.

Já Ossanda Líber, independente do "Somos Todos Lisboa", diz que os lisboetas não votam por haver falta de interesse nos cidadãos e apenas interesses partidários. Aposta numa campanha "inclusiva", nomeadamente no que diz respeito a pessoas com deficiências físicas e ex-presidiários.

João Patrocínio (Ergue-te), propõe o "IMI zero", para ajudar jovens que queiram viver na cidade, sugerindo que se vá buscar dinheiro aos "capitalistas" e "elites" que possuem imóveis em Lisboa.

Tiago Matos Gomes, Volt, quer trazer boas práticas europeias, entre as quais melhores ciclovias, corredores verdes com ruas mais arborizadas e wi-fi em toda a cidade.

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