"É muito importante que a população vote"

por Lusa

Ponta Delgada, Açores, 25 out 2020 (Lusa) -- O líder do PPM nos Açores, Paulo Estêvão, apelou hoje aos eleitores para votarem, frisando que "estão criadas as condições" para que "as pessoas exerçam o seu direito ao voto em segurança".

"O apelo que deixo hoje é para votarem. É muito importante que a população vote", sublinhou à agência Lusa o candidato pelo círculo do Corvo, pelo qual foi eleito, na legislatura que agora termina, tendo sido o único deputado monárquico no parlamento açoriano.

O candidato votou às 10:00 locais (11:00 em Lisboa) em Vila Nova do Corvo na Escola Básica e Secundária Mouzinho da Silveira, "a única assembleia de voto", na mais pequena ilha dos Açores, segundo disse à Lusa.

Questionado sobre se teme um aumento da abstenção, o candidato considerou que "estão criadas as condições" para que as pessoas "possam votar em segurança".

"É muito importante que as pessoas tenham essa perceção, pois estão criadas as condições para que as pessoas possam exercer o seu direito de voto", vincou Paulo Estêvão.

O PPM concorre às eleições em todos os círculos, sendo que, no Corvo, apresenta uma candidatura em coligação com o CDS-PP.

Para a votação de hoje estão inscritos 228.999 eleitores que vão escolher os 57 deputados da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para os próximos quatro anos.

As urnas abriram às 08:00 e encerram às 19:00 locais (mais uma hora em Lisboa),

De acordo com os resultados das eleições legislativas regionais, o Representante da República nomeia depois o presidente do Governo Regional que, por sua vez, propõe os membros do executivo.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo regional de compensação, reunindo este os votos que não forem aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Apenas as seis forças políticas que têm atualmente assento parlamentar (PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU e PPM) concorrem por todos os círculos.

PAN, MPT, Aliança, Livre, Chega, Iniciativa Liberal e PCTP/MRPP são os restantes partidos que se apresentam a votos.

São Miguel, a maior ilha do arquipélago, elege 20 deputados, seguindo-se a Terceira, com 10 deputados, o Pico e Faial, com quatro parlamentares, e São Jorge, Santa Maria, Graciosa e Flores, com três.

A ilha mais pequena dos Açores, o Corvo, vai eleger dois deputados. Pelo círculo regional de compensação são atribuídos cinco mandatos.

Neste sufrágio foi possível aos eleitores exercerem o seu direito de voto de forma antecipada, por mobilidade, algo que até agora só era permitido nas eleições presidenciais, legislativas nacionais e europeias.

Os eleitores que o desejaram fazer, 3.541, manifestaram a intenção entre os dias 11 e 15, sendo que o voto antecipado se realizou no domingo passado.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, renovando assim a maioria absoluta, alcançada pela primeira vez em 2000.

O segundo partido mais votado foi o PSD, com 30,89% dos votos, alcançando 19 mandatos, seguindo-se o CDS com 7,1% (quatro deputados).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos, também um.

Em 2016, a abstenção nas eleições regionais açorianas atingiu 59,16%, superando o valor mais elevado até então neste tipo de sufrágios, 53,34% registados em 2008.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.

Tópicos
pub