A Assembleia da República levantou a imunidade parlamentar ao deputado do PSD José Silvano, para abrir caminho à investigação no caso de falsas presenças em sessões parlamentares. A decisão foi tomada esta tarde na Comissão de transparência.
O caso, também conhecido como das "presenças-fantasma", já levou entretanto à acusação formal da ex-deputada do PSD Mercês Borges, por ter exercido o direito de voto de um colega de bancada.
Por esclarecer continua o destino que terá neste processo a deputada minhota Emília Cerqueira, que registou a presença de Silvano quando este se encontrava fora de Lisboa e depois alegou que o fizera involuntariamente, ao entrar no computador do mesmo Silvano, com a password deste, que assim o dá automaticamente como presente.
O deputado social-democrata reagiu hoje em comunicado, considerando o levantamento da imunidade parlamentar como "um ato normal decorrente da lei, tendo em vista a averiguação dos factos em causa".
Silvano reafirma, além disso: "Não me registei nem pedi a ninguém para registar a minha presença". E nega também que tenha tido com esse registo "qualquer benefício económico ou de outra índole".
