Eleito esta quarta-feira com 85,4 por cento dos votos, o sucessor de Luís Montenegro na liderança da bancada parlamentar do PSD prometeu “continuar a denunciar um primeiro-ministro que foi uma ilusão”. Será, nas palavras de Hugo Soares, “uma oposição de combate” mas também “construtiva”.
Numa breve declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, o novo presidente da bancada do PSD começou por agradecer o que disse ser a “clara confiança” dos deputados, “que reafirmaram a união e coesão do grupo parlamentar”.Em 2011, Luís Montenegro foi eleito líder parlamentar com 86 por cento dos votos. Foi reeleito em 2013 com 87 por cento e em 2015 com perto de 98 por cento dos sufrágios.
“Este grupo parlamentar continuará a apresentar um projeto alternativo ao país e vamos continuar a denunciar aquilo que é um primeiro-ministro que foi uma ilusão e é hoje um chefe de governo de desilusão”, perspetivou Hugo Soares.
Com a nova liderança, continuou o sucessor de Luís Montenegro, o grupo parlamentar social-democrata exercerá “uma oposição de combate, mas sobretudo uma oposição construtiva, demonstrando mais uma vez ao país que há alternativas para construir um país bem melhor”.
Serão 12 os vice-presidentes da bancada do PSD: José Cesário e Margarida Mano – os novos nomes face à anterior direção – e António Leitão Amaro, Carlos Abreu Amorim, Miguel Santos, Adão Silva, Amadeu Albergaria, Luís Leite Ramos, Sérgio Azevedo, Berta Cabral, Nuno Serra e Miguel Morgado.
Antigo líder da JSD
Hugo Soares chega aos 34 anos à liderança da bancada do PSD. Antigo número um da JSD, foi eleito deputado por Braga, pela primeira vez, em 2011.
O seu nome ganhou destaque em 2013, quando era ainda líder da juventude partidária, ao aparecer como primeiro subscritor de uma proposta de referendo sobre coadoção e adoção de crianças por casais do mesmo sexo: iniciativa aprovada com os votos do PSD e a abstenção do CDS-PP e posteriormente chumbada pelo Tribunal Constitucional.
Durante a última legislatura foi o coordenador do PSD na Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco. Neste papel, esgrimiu argumentos com Ferro Rodrigues, acusando mesmo o presidente da Assembleia da República de pôr em causa “o regular funcionamento” deste órgão por recusar alargar o objeto do inquérito.
c/ Lusa