A seis meses da eleições autárquicas, já se conhecem os candidatos das principais autarquias. No resto do país, ainda há muita incerteza mas, pelas escolhas feitas, começam a desenhar-se as estratégias do PS e PSD.
Teresa Leal Coelho entrou agora na corrida depois da notícia de várias recusas. É a candidata escolhida por Passos Coelho e vai disputar votos com Assunção Cristas, a líder do CDS.
Mais à esquerda o confronto é entre o repetente João Ferreira da CDU e o estreante Ricardo Robles do Bloco.
No Porto, o independente Rui Moreira recandidata-se, mas desta vez com o apoio do PS e do CDS. Já o PSD escolheu um independente e pouco conhecido: Álvaro Santos Almeida.
Mais experientes em campanhas eleitorais, avançam Ilda Figueiredo da CDU e João Semedo do Bloco.
Em Faro, o PSD e o CDS apostam na continuidade de Rogério Bacalhau na liderança da autarquia. A mesma estratégia segue o PS em Coimbra: o candidato é o atual presidente da Câmara, Manuel Machado. Novidade é a candidatura do ex-bastonário da Ordem dos Médicos. José Manuel Silva avança como independente.
Em Oeiras, a incógnita é Isaltino Morais. O antigo autarca ainda não anunciou o que vai fazer. Se avançar, terá de enfrentar o antigo numero 2 e atual presidente: Paulo Vistas, eleito pelo movimento que tinha o nome do antecessor. Paulo Vistas trocou o "i" de Isaltino para independente: Movimento independentes Oeiras mais à frente.
Nos bastidores destas autárquica,s há também lugar para reconciliações. Em Sintra, Marco Almeida, volta a concorrer desta vez com o apoio do PSD, depois de, há quatro anos, ter concorrido contra a vontade do partido.
Agora terá também o apoio do CDS, para tentar destronar Basílio Horta, eleito pelo PS.
E também há lugar para troca de partidos. Francisco Vieira de Carvalho, filho do histórico autarca social democrata, era militante do PSD mas desfiliou-se. Chegou a escrever que a relação entre o partido e o serviço público era uma "vergonhosa central de negócios e interesses". Agora é o candidato do PS à Maia.
A seis meses das autárquicas, os partidos definem estratégias - até porque as eleições locais não deixam de ter leituras nacionais.
