Jerónimo recusa pressões e volta a alertar contra bloco central

por RTP

O secretário-geral do PCP defende que o país vive uma situação típica de convergência do PS com o PSD em que, sublinha Jerónimo de Sousa, há menos direitos para quem trabalha.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reagiu ao que qualificou de "desabafos" do Presidente da República, recusando pressões sobre os comunistas relativamente ao Orçamento do Estado para 2019, frisando que não assinam "cheques em branco".

"Em relação a esses desabafos do senhor Presidente da República: que fique claro que o PCP nunca assinou nem assinará cheques em branco. Escusam de pressionar porque o PCP, de uma forma autónoma, com as suas propostas, com a sua opção política, naturalmente, decidirá com essa independência", defendeu Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava aos jornalistas em Lisboa, junto à praça do Saldanha, onde passava uma manifestação convocada pela central sindical CGTP para exigir a valorização do trabalho e dos trabalhadores e o aumento de salários.

O Presidente da República considerou que haverá "bom senso" entre os partidos na Assembleia da República para não criar uma crise política, numa altura em que a União Europeia vive um momento difícil.


c/ Lusa
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