O presidente avisou que serão necessários vários meses em estado de emergência para "esmagar a curva da epidemia". Marcelo Rebelo de Sousa questionou os especialistas sobre a necessidade de um confinamento total, como aconteceu na primeira vaga.
A renovação do estado de emergência volta a trazer medidas duras, que não vigoravam desde a primavera. Regressa o confinamento compulsivo de quem está infetado ou em vigilância ativa. A aplicação de restrições passa a ser gradual no território português.
O documento torna explícita a possibilidade de limitar a circulação de pessoas e de encerramento parcial ou total de estabelecimentos.
Abre também a porta a medidas que garantam que o sistema de saúde não entre em falência. A cessação de contratos de trabalho no SNS pode ser suspensa.
O decreto do presidente é concluído depois de uma longa reunião com especialistas no infarmed. Pela primeira vez, puderam ouvir-se as dúvidas do presidente - que colocou em cima da mesa o cenário de confinamento total, como na primeira vaga.
Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que aumentou o tom crítico da população ao que é decidido. Mas deixa um elogio à atitude dos portugueses.
O parlamento vota esta sexta-feira a renovação do estado de emergência. O Governo anuncia no sábado as medidas que devem entrar em vigor à meia noite de terça-feira.