Miranda Calha morreu aos 72 anos

por RTP

Morreu Júlio Miranda Calha. Antigo secretário de Estado e deputado do PS.

Miranda Calha tinha sofrido um acidente vascular cerebral há poucos dias. Foi deputado à Assembleia Constituinte em 1975 e manteve-se no Parlamento até à última legislatura que terminou no ano passado

Foi secretário de estado do Estado do desporto e da defesa E também presidente da assembleia parlamentar da NATO.

Miranda Calha Morreu hoje com 72 anos.

O Presidente da República manifestou hoje o seu profundo pesar pela morte do antigo secretário de Estado e deputado socialista Miranda Calha, considerando foi "um atlantista convicto" e que teve uma vida preenchida ao serviço de Portugal.

"Foi com muita tristeza que recebi a notícia da morte súbita de Júlio Miranda Calha, com quem partilhei no longínquo ano de 1975 a responsabilidade de deputado à Assembleia que elaborou a Constituição Portuguesa", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa numa nota publicada no portal da Presidência da República.

O secretário-geral do PS, António Costa, lamentou hoje a morte do antigo secretário de Estado e deputado constituinte dos socialistas Miranda Calha, considerando que dedicou a sua vida à construção e consolidação do Estado Democrático.

Júlio Miranda Calha era professor de profissão, licenciado em letras, natural de Portalegre e deputado pelo PS desde 1975 até à última legislatura (2015/2019) tendo-se dedicado em especial à política de Defesa Nacional.

"O PS rende homenagem à memória de Júlio Miranda Calha, que dedicou toda a sua vida à construção e consolidação do Estado Democrático, como parlamentar, governante, dirigente e militante", refere uma nota de António Costa enviada à agência Lusa.

"À sua família e amigos, apresentámos as condolências dos seus camaradas", acrescenta-se na nota do líder socialista.

Noutra nota, o ministro da Defesa afirmou ter tomado conhecimento do falecimento "com profunda tristeza e pesar".

"Miranda Calha, uma referência incontornável para a vida parlamentar e para a Defesa Nacional, marcou indelevelmente esta área, testemunhou e participou ativamente num período de grande transformação da nossa vida coletiva, da fundação e consolidação do nosso regime democrático", referiu João Gomes Cravinho.

"A ação comprometida que colocou nos múltiplos cargos que desempenhou na área da Defesa Nacional, tanto no Governo, como no Parlamento português ou na Assembleia Parlamentar da NATO, inspiraram os que se lhe seguiram nestas funções e contribuíram para a construção da política de defesa", acrescentou.

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