"O país continua a arder e a Proteção Civil continua a falhar" acusa Passos

por RTP

Pedro Passos Coelho prestou esta noite homenagem aos bombeiros e às populações que têm lidado com o "problema dramáticos" dos fogos em todo o país e deixou críticas severas à inoperância da Proteção Civil e à forma como o primeiro ministro António Costa apontou o dedo à PT pelas falhas do SIRESP.

Na festa de regresso do Partido Social Democrata, em véspera de campanha para as eleições autárquicas, o líder do PSD começou por "chamar a atenção que o país tem vivido com os incêndios".

Depois da tragédia de Pedrógão Grande em junho, "pedimos à Proteção Civil que tranquilizasse as pessoas", lembrou. "O tempo passou e aquilo que nos é dado ver é exatamente o contrário" lamentou logo a seguir.

"Passam os meses e o país continua a arder e a Proteção Civil", referiu o líder social democrata, "continua a falhar".

"É patente a descoordenação, chega a ser impressionante a maneira como nós assistimos pelas imagens ao esforço que é feito por todos os operacionais e depois percebermos que sempre que alguma coisa mais imprevista, alguma coisa mais delicada ocorre, aquilo que vemos na Proteção Civil, mas sobretudo no Governo, é um exercício permanente de responsabilização, de passa culpas, de acusação".

Passos deu como exemplo a forma como o primeiro ministro justificou as falhas do SIRESP.

Passos lembrou que António Costa desvalorizou numa entrevista as falhas do SIRESP e atribuiu essa atitude ao facto de ter sido o próprio primeiro ministro quando era ministro da Administração Interna a assinar a aprovação do contrato e a adjudicar a parceria publico privada apesar desta ter sido chumabada pelo Tribunal de Contas.

"O SIRESP tem a cara do actual primeiro-ministro", disse Passos, para dizer que percebe por isso que António Costa queira desvalorizar as falhas do sistema.

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