O Presidente da República estimou esta quarta-feira como “natural” que a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano venha a ser viabilizada à esquerda. No Porto, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou mesmo que “o bloco central não é uma solução duradoura, nem é uma boa solução para o equilíbrio do sistema político português”.
Segundo o Chefe de Estado, a necessidade de equilíbrio do sistema político pede uma fórmula governativa suportada à esquerda e uma alternativa à direita na oposição. Isto porque se a solução no poder resultar em problemas os eleitores terão uma outra opção, na sua perspetiva.
“É isso que é natural, é isso que o Governo tem dito, é isso que resulta também do líder da oposição. Portanto, espero que isso aconteça e tenhamos Orçamento para entrar em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021”, vincou Marcelo.
Quanto aos números do défice, conhecidos esta quarta-feira, o Presidente da República afirmou que ficaram “aquém das piores previsões”. Lígia Veríssimo, Diana Bouça-Nova, José Pinto Dias, Luís Vilar - RTP
Marcelo lembrou que, no primeiro semestre deste ano, as receitas recuaram e as despesas aumentaram, “nomeadamente as sociais”.
“Já sabíamos que ia ser um mau resultado”, reagiu o Chefe de Estado. “Vamos ver o que se passa no segundo semestre”, rematou.
A derrapagem das contas públicas foi, na primeira metade de 2020, de 5,4 por cento do Produto Interno Bruto, em contas nacionais.
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