PCP considera que saída do Chefe do Exército devia ter sido há um ano

por Lusa

Lisboa, 10 ago (Lusa) - O dirigente comunista Rui Fernandes afirmou hoje que a eventual saída do posto do Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), após a polémica do desaparecimento de material militar em Tancos, a ocorrer, devia ter acontecido há um ano.

"O CEME termina o seu mandato em abril. Por conseguinte, creio que acabará no tempo próprio. Se alguma coisa mais haveria de ter sido feita, teria sido há um ano atrás, por iniciativa do próprio ou do Governo", afirmou, em conferência de imprensa, na sede partidária de Lisboa, questionado sobre a manutenção no posto do general Rovisco Duarte.

Em junho de 2017 foi noticiado o desaparecimento de diversas armas e explosivos dos paióis nacionais de Tancos. Mais tarde, a Polícia Judiciária Militar recuperou o material de guerra na zona da Chamusca, mas têm existido versões contraditórias sobre se todos os itens foram ou não encontrados.

"A hipótese [de continuidade], em tese, há sempre, mas atendendo até ao facto de, de uma forma que, enfim, não está muito clara - no sentido da explicação e justificação -, de ainda recentemente o Presidente da República ter condecorado o vice-CEME, penso que essa hipótese da renovação estará mais arredada", completou Rui Fernandes.

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