Um aviso dos Estados Unidos a Portugal: o secretário de Estado americano quer que Portugal suspenda a atribuição da rede 5G à Huawei chinesa, alertando para os "riscos de segurança" que existem ao entregar a rede de internet de última geração a uma empresa de telecomunicações da China.
A advertência não é nova, mas voltou a ser repetida oficialmente por Mike Pompeo no encontro que manteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Os americanos não confiam na chinesa Huawei e muito menos como empresa distribuidora da rede 5G, que deverá ficar operacional em Portugal até ao fim de 2020.
Washington tem pressionado vários países da União Europeia a suspenderem os contratos com a Huawei - acusando a empresa de espionagem ao serviço de Pequim.
A tecnologia de última geração, a 5G, está a ser desenvolvida em Portugal pela Altice em parceria com a empresa chinesa que os Estados Unidos querem banir das telecomunicações com os aliados.
O governo português não prescinde do investimento chinês, mesmo nos sectores sensíveis como a energia e telecomunicações.
Augusto Santos Silva dá, no entanto, a garantia que a rede 5G será implementada obedecendo a todos os critérios de segurança nacional, ditados pela legislação portuguesa e comunitária.
Nesta terça-feira, o Conselho Europeu concluiu que existem riscos associados à quinta geração de internet móvel.
Os 28 membros sublinham que esta tecnologia é imprescindível para a economia europeia, mas também pode ser permeável a ciber-ataques. Sem nunca se referir à Huawei, Bruxelas aconselha a escolha de fornecedores de confiança para a distribuição da rede 5G.
Espera-se que até ao final do ano seja publicado um manual europeu de procedimentos que reduza riscos e vulnerabilidades da rede.