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Reportagem

Projeções mantêm conservadores no poder

por Sérgio Alexandre

As projeções à boca das urnas dão uma surpreendentemente robusta vitória ao partido do primeiro-ministro, contrariando a indicação de empate com os trabalhistas dada pelas sondagens das últimas semanas.

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00h00 - Depois do choque causado pela discrepância entre as indicações das sondagens realizadas durante a campanha eleitoral e as projeções após o fecho das urnas, que põem o Partido Conservador não muito longe da maioria absoluta na Câmara dos Comuns, começa a ser assimilada a noção de que David Cameron vai continuar no poder britânico. O líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, é o grande derrotado (mas não o único), caso se confirmem as estimativas de mandatos de deputado, que pode consultar imediatamente abaixo.




23h40 -
E a do Sun, mais "festiva":
Tonight's first edition front page: Swinging The Blues pic.twitter.com/O8iga3sH0I

23h35 - O desagrado do "Mirror":



23h35 - A "primeira" do Times (edição especial):



23h30 - A libra nglesa valoriza face ao dólar, impelida pelas projeções à boca das urnas, revelando agrado dos mercados com a eventual vitória dos conservadores.  A esterlina vale mais dois cêntimos de dólar desde as 22h00 (1.5448).

23h15 - Já começam a ser conhecidas as primeiras páginas dos jornais de amanhã. Aqui está uma:




foto: Reuters/Russell Cheyne

23h00 - Não são só os que perdem que desconfiam da sondagem à boca das urnas. Nicola Surgeon, que lidera o Partido Nacionalista da Escócia e que terá conquistado 58 dos 59 círculos uninominais que disputava, reputa de "improvável" (leia-se "excessivo") esse resultado. "I'd treat the exit poll with HUGE caution. I'm hoping for a goodnight but I think 58 seats is unlikely!", deflaciona, cautelosa, Sturgeon (na foto acima).


22h50 - Há instantes na RTP Informação, Bernardo Pires de Lima, do Instituto Português de Relações Internacionais, comentava as projeções de resultados finais, sublinhando que a suposta vitória substancial dos Conservadores poderá manter vivas as divergências entre o governo central e as regiões do Reino Unido.

22h40 - E também há quem esteja tão certo do falhanço dos números da sondagem à boca das urnas, que até promete comer o próprio chapéu se eles se confirmarem. Nada mais, nada menos do que o ex-líder dos Liberais Democratas, o carismático Lord Ashdown.



22h34 - Nesta altura, os principais meios de Comunicação Social britânicos dão voz à grande surpresa causada pela divulgação da sondagem à boca das urnas, que prevê resultados muito divergentes dos que se supunha à luz dos estudos de opinião que foram feitos durante a campanha. Começa a surgir alguma desconfiança a propósito dos números avançados às 22h00 e já há quem vaticine para daqui a pouco um hat-eating moment, isto é, uma retificação desses valores que atribuem quase maioria absoluta ao Partido Conservador.



22h30 - Será o primeiro-ministro Cameron o grande vencedor do dia, ao contrário do que as sondagens têm vido a sugerir ao lono das seis semana de campanha eleitoral?

foto: Reuters/Leon Neal


22h10 - A confirmarem-se estas previsões, os trabalhistas sofrem um derrota clara, em contraste com os conservadores, que vencem para lá das expectativas mais optimistas. O "número mágico" que os dois grandes partidos anseiam obter para chegar à maioria abslouta  na Câmara dos Comuns é este: 326.

22h00 -
A BBC dá a vitória ao partido Conservador, do atual primeiro-ministro Cameron. A sondagem à boca das urnas apresentada pelo operador público de Comunicação Social britânico antevê uma Câmara dos Comuns com a seguinte distribuição:
Partido Conservador - 316 lugares
Partido Trabalhista - 239 lugares
Partico Nacionalista da Escócia - 58 lugares
Partido Liberal  Democrata - 10 lugares
Partido de Gales - 4 lugares
UKIP - 2 lugares
Verdes - 2 lugares

Outros - 19 lugares



21h55 -
Cinco minutos para o fecho das urnas e para a divulgação da primeira projeção de resultados finais.

21h42 -
Estamos nos primeiros minutos de uma edição especial na RTP Informação dedicada às eleições britânicas. Aceda à emissão em directo na janela do lado direito desta página.

20h50 -
No Finantial Times, uma imagem para estas eleições.


20h30 - Em direto no Telejornal desta noite, o enviado especial da RTP João Adelino Faria sugeria que as complexas negociações que o previsível empate técnico nestas eleições vai gerar poderão beneficiar o Partido Trabalhista, de Ed Miliband.

20h00 - O primeiro-ministro - e líder conservador -  David Cameron, acaba de usar o Twitter para um derradeiro apelo ao voto (as eleições decorrem até às 22h00).


foto: Reuters/Stefan Wermuth

- O que se está a determinar esta quinta-feira é a relação de forças para a próxima legislatura na Câmara dos Comuns, que tem 650 lugares, com os mais de 45 milhões de eleitores a votarem em círculos uninominais, onde cada circunscrição escolhe o seu representante a partir de uma lista de candidatos locais.

Na prática, isto quer dizer que, do outro lado do canal da Mancha, hoje decorrem, não uma, mas 650 eleições, em que só interessa quem vence. Os votos dos candidatos derrotados nos círculos uninominais não têm qualquer influência nos cálculos para encontrar o partido vencedor a nível nacional, que terá a missão de formar governo. É complexo, o sistema eleitoral britânico, como explica Isabel Meireles, especialista em Relações Internacionais, que também nos apresenta os cenários pós-eleitorais mais plausíveis, tendo em conta os elementos fornecidos pelas sondagens.

- A intensa disputa eleitoral que se antevê para hoje radica, em boa medida, no afastamento progressivo do eleitorado relativamente aos partidos que frequentam o poder. Para frisar esse ponto que, como sabemos, não é exclusivamente inglês (longe disso), o jornal The Economist recorda uma sondagem já com três anos.




- O site notícias da RTP tem um "especial" de informação exclusivamente dedicado às eleições britânicas, onde fica compilado o essencial do trabalho das nossas redações de televisão, rádio e online, bem como dos enviados especiais ao "Reino de Sua Majestade".

- O comentário de Steve Coulter, da London School of Economics, também a antever um curto prazo de validade para o próximo governo britânico, seja qual for o partido que vença hoje.

- A reportagem da RTP junto da comunidade portuguesa de Stockwell, em Londres, mostra os nossos emigrantes pouco interessados nas eleições britânicas, mesmo sabendo que durante a campanha eleitoral se debateu a possibilidade de restrições à entrada de estrangeiros no país.

- João Adelino Faria, enviado da RTP a Londres, descreve-nos a imprevisibilidade que caracteriza as eleições britânicas de hoje, aparentemente com nenhum dos principais partidos em condições de obter uma vitória clara que conduza a um governo estável e duradouro. Já se fala da possibilidade de novas eleições a breve prazo.

- Neste trabalho de Ana Sofia Rodrigues, encontrará uma exposição geral do que está em causa nas eleições desta quinta-feira.

- A sondagem hoje publicada pelo jornal Guardian (ligação para artigo em língua inglesa) mantém a previsão de empate técnico entre conservadores e trabalhistas, mas agora com vantagem mínima (1%) para o partido de Ed Miliband, atualmente na oposição. Até agora, os estudos de opinião anteriores invertiam as posições, pondo os "tories" do primeiro-ministro Cameron à cabeça com um ponto de avanço.