O Partido Socialista adiantou esta sexta-feira não estar disponível para discutir a nova Lei de Bases da Saúde com o PSD. O anúncio coube à deputada Jamila Madeira, que apelou aos restantes partidos para que aprovem "uma lei que proteja o Serviço Nacional de Saúde".
De acordo com a deputada, eventuais negociações com os social-democratas significariam “uma reabertura de todo um processo de uma maneira gigante” e que apenas conduziria ao objetivo do PSD de “manter em vigor a atual Lei de Bases da Saúde”.
“E para isso, naturalmente, o Partido Socialista não está disponível”, assegurou Jamila Madeira, uma vez que os socialistas não consideram que esse seja “um caminho de avanço”, mas sim “um caminho de manutenção de uma mensagem de retrocesso”.
O PS não quer, assim, pôr em causa “as conquistas” já alcançadas pelo grupo de trabalho e que significam “uma mensagem política clara” que o Governo tem procurado transmitir nos últimos quatro anos.
Mensagem essa que, de acordo com a deputada, se centra no “foco no Serviço Nacional de Saúde, reforço de serviços financeiros e reforço de recursos humanos”. Para isso, o PS precisa de “mais instrumentos” que possam ser alcançados através da Lei de Bases da Saúde.
Mensagem essa que, de acordo com a deputada, se centra no “foco no Serviço Nacional de Saúde, reforço de serviços financeiros e reforço de recursos humanos”. Para isso, o PS precisa de “mais instrumentos” que possam ser alcançados através da Lei de Bases da Saúde.
“Apelamos por isso, uma vez mais, aos partidos que não se reveem na lei atual que incentiva as parcerias público-privadas a permitirem que este Governo do PS, apoiado no Parlamento pelo PCP, BE e PEV, aprove uma lei que proteja o Serviço Nacional de Saúde”, declarou.
"Deixar como está é a pior solução, é deixar que os impostos dos portugueses continuem a ser canalizados para o setor privado da saúde. Agora é o momento para mostrarem que estão do lado do SNS e aprovarem a Lei de Bases da Saúde".
A 18 de junho, as propostas de alteração à Lei de Bases da Saúde sobre
as parcerias público-privadas (PPP) foram rejeitadas no Parlamento em
votação indiciária.
O presidente do PSD, Rui Rio, anunciara na terça-feira a disponibilidade do partido para “revisitar algumas áreas” da Lei de Bases da Saúde, enumerando a questão das parcerias público-privadas (PPP), direitos dos cidadãos, saúde pública e bem-estar.
Já o Bloco de Esquerda comparou, na quinta-feira, o PS à “carochinha”, ao tentar convencer o PSD a “casar” na Lei de Bases.
