PS volta a adiar reunião da Comissão Nacional para decidir orientação do partido

por Lusa

O PS voltou a adiar, agora de 31 deste mês para 07 de novembro, a reunião da Comissão Nacional que decidirá a orientação face às eleições presidenciais, disse hoje à agência Lusa fonte oficial dos socialistas.

A mesma fonte adiantou que este novo adiamento da reunião da Comissão Nacional do PS é uma "consequência direta" da resolução do Conselho de Ministros de quinta-feira passada que proíbe a circulação entre concelhos no território nacional durante cinco dias, a partir das 00:00 de 30 de outubro, até às 23:59 de 03 de novembro.

A reunião da Comissão Nacional do PS para a definição do posicionamento dos socialistas em relação às eleições presidenciais esteve inicialmente prevista para a primeira quinzena deste mês, mas acabou por ser convocada formalmente para o passado dia 24.

No entanto, em 09 de outubro, o PS adiou a reunião de 24 para o dia 31 deste mês, evitando assim que a Comissão Nacional deste partido que coincidisse com o dia de reflexão das eleições regionais dos Açores, que se realizam no domingo.

Com este novo adiamento da Comissão Nacional do PS para 07 de novembro, em termos de calendário político, os socialistas aproximam a sua decisão sobre as eleições presidenciais do período em que o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deverá anunciar se irá ou não recandidatar-se ao cargo.

Marcelo Rebelo de Sousa manteve uma eventual recandidatura em aberto ao longo do seu mandato e remeteu "lá para novembro" deste ano o anúncio da sua decisão.

Hoje, o chefe de Estado esteve com o primeiro-ministro, António Costa, no parlamento, num almoço que assinalou o quinto aniversário da eleição de Ferro Rodrigues para o cargo de presidente da Assembleia da República. E, no que respeita a eleições presidenciais, Ferro Rodrigues já fez saber que tenciona votar em Marcelo Rebelo de Sousa caso decida recandidatar-se ao cargo.

A maioria dos membros do órgão máximo do PS entre congressos parece inclinar-se para aprovar o princípio da liberdade de voto como orientação, apesar de já estar no terreno a candidatura presidencial da ex-eurodeputada socialista Ana Gomes.

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