A informação é avançada por David Justino. O presidente do Conselho Estratégico do PSD põe assim um ponto final na especulação. A moção de censura do CDS ao Governo vai ser discutida no Parlamento na quarta-feira.
Apesar de votar favoravelmente, o PSD recorda que, "como é por demais evidente, a moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS não tem qualquer efeito prático".
"A par de algumas notícias, a sua única consequência é a realização de um debate regimental na Assembleia da República na próxima quarta-feira", acrescenta ainda a bancada social-democrata na nota.
Em entrevista à RTP, David Justino, reforça a ideia de que este “não é o momento mais oportuno” para a moção de censura, mas considera ser uma oportunidade que “não é de desperdiçar” no sentido de criticar no Parlamento as políticas do executivo de António Costa.
O PSD é “claramente contra este Governo”, afirmou Justino, considerando que o modelo de Costa “está esgotado”, acusando-o de “dar continuidade à austeridade, negando sempre que o estão a fazer”.
A decisão do PSD surge no dia em que os novos ministros tomam posse no Palácio de Belém.
Sábado, Rui Rio, presidente do PSD, recusou-se a comentar a moção de censura apresentada pelo CDS-PP para “não dispersar atenções” da primeira convenção nacional do Conselho Estratégico do partido.
O CDS anunciou na sexta-feira a intenção de apresentar uma moção de censura ao Governo de António Costa.
Para ser aprovada, a moção de censura necessita de 116 votos.
Bloco de Esquerda, PCP e PS já anunciaram que vão votar contra a moção de censura.