Resultado em Lisboa mostra que eleitorado estava "carente de solução forte" contra PS, diz CDS

por Lusa

 O presidente do CDS-PP considerou hoje que os resultados provisórios da corrida à Câmara de Lisboa demonstram que o eleitorado da capital estava "carente de uma solução forte" contra o PS.

Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas à chegada ao hotel Epic Sana Marquês, em Lisboa, onde está a decorrer a noite eleitoral da coligação encabeçada pelo social-democrata Carlos Moedas que, segundo indicam as projeções, estará empatado com o atual presidente, Fernando Medina.

"O nosso eleitorado estava carente de uma solução forte para derrubar o Partido Socialista e creio que a encontrou", disse Francisco Rodrigues dos Santos, que se manifestou otimista com a vitória da coligação que junta PSD, CDS-PP, MPT, PPM e Aliança.

O presidente do CDS-PP considerou ainda que os resultados destas autárquicas, não só em Lisboa, mas na generalidade do país, demonstram também que o partido é parte imprescindível de uma alternativa política à esquerda.

"Só com o CDS é possível derrubar a esquerda no poder", disse o líder centrista, defendendo que "o centro-direita está a conquistar terreno".

As projeções do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a RTP dão 32% a 36% (seis a oito mandatos) para a coligação "Novos Tempos Lisboa" (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PPM), liderada por Carlos Moedas, à frente do recandidato Fernando Medina, cabeça de lista da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), que tem entre 31% e 35% dos votos (seis a oito mandatos).

De acordo com as projeções da SIC (MetrisGfK/Instituto de Ciências Sociais/ISCTE), é Fernando Medina que surge à frente dos resultados, ao conseguir entre 31,3% e 36,3% (seis a oito mandatos), um intervalo ao alcance da projeção apontada à candidatura de Carlos Moedas, que tem uma votação esperada entre 30,2% e 35,2% (seis a oito mandatos).

Já os resultados projetados pela TVI, segundo o estudo da Pitagórica, atribuem entre 32,6% e 38,6% dos votos ao socialista Fernando Medina (sete mandatos), ao passo que Carlos Moedas regista entre 29,3% e 35,3% (seis a sete mandatos). De seguida, João Ferreira alcança entre 6,6% e 12,6% dos votos (dois mandatos), Beatriz Gomes Dias (um mandato) queda-se pelo quarto lugar, com 4,2% a 8,2%, e o Iniciativa Liberal fica com 3,3% a 7,3% (zero a um mandato).

Segundo a projeção à boca das urnas da Intercampus para a CMTV, Fernando Medina ganha em Lisboa com 32% a 36,4% dos votos (seis a oito mandatos), Carlos Moedas obtém 31,2% a 35,6% dos votos (seis a oito mandatos), Beatriz Gomes Dias consegue 5,5% a 8,5% dos votos (zero a dois mandatos) e Bruno Horta Soares, com 2,9 a 5,9% dos votos (zero a um mandato).

Nestas eleições concorreram à presidência da Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Liber (movimento Somos Todos Lisboa).

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