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Rio garante ter "desprendimento do poder" para medidas que possam "fazer perigar" o seu lugar

por Lusa

O presidente do PSD afirmou hoje ter "desprendimento do poder" para tomar medidas corajosas que possam fazer "perigar" o seu lugar, sem "cálculos ou contas de cabeça" sobre o futuro.

Rui Rio falava em Estremoz, num discurso improvisado a partir do carro palco que acompanha a campanha autárquica do PSD, mas que tem sido pouco utilizado.

À mesma hora em que começava o plenário que discute o projeto-lei do PSD para deslocalizar o Tribunal Constitucional de Lisboa para Coimbra, Rio fez questão de voltar ao tema noutro concelho do interior do país, para salientar a importância de ter "um país mais equilibrado".

"Temos de ter o desprendimento do poder suficiente - e eu tenho, posso-vos garantir - para tomar medidas com coragem que possam fazer perigar o meu próprio lugar, porque eu não estou aqui para nenhum lugar em especial, estou aqui para ajudar o país e a sociedade", afirmou.

"Querem querem, não querem não querem. Mas não vou fazer cálculos de cabeça lá para o futuro, fazer contas para tomar medidas que estão na minha convicção há muitos anos", assegurou.

O líder do PSD afirmou que "há muito tempo" que defende que Portugal tem de ser gerido como "os países mais desenvolvidos" e garantir maior coesão territorial.

"Nos países subdesenvolvidos é que está tudo na capital do país. Não façamos difícil aquilo que é simples", disse, voltando a apelar aos partidos para que não aprovem o projeto do PSD na generalidade apenas por se estar em período de campanha e, no futuro, o rejeitem em votação final global.

Sobre Estremoz, Rio elogiou a dinâmica da candidata, a presidente da distrital de Évora Sónia Ramos, que concorre numa coligação com CDS-PP e PPM.

"Para mim, é uma alegria estar aqui e verificar que estamos com uma dinâmica de campanha tal que podemos aspirar a ganhar eleições em Estremoz. Quem diria uma coisa destas há um ano atrás?", questionou.

O líder do PSD voltou a apontar como objetivo para as autárquicas de 26 de setembro "recuperar parte significativa" do que foi perdido nas eleições de 2013 e de 2017, classificando nestes atos eleitorais o resultado do PSD como "fraquíssimo".

"Essa recuperação tem de se dar nos grandes centros urbanos, mas também em todos o território nacional", defendeu, apontando o Alentejo como o terreno "mais difícil" para o PSD.

A candidata manifestou também a sua expectativa numa vitória, dizendo que "o Alentejo quer mudar".

Numa volta pelo centro de Estremoz, Rio entrou em algumas lojas - sem clientes, como fez questão de frisar - e recebeu um elogio ao seu passado, mas com dúvidas quanto ao futuro.

"O senhor foi o melhor autarca que Portugal teve desde a desgraça, mas não quer dizer que venha a ser um bom primeiro-ministro", disse um cliente de um restaurante cumprimentado pela caravana, numa aparente referência ao período do pós-25 de Abril.

Além de Sónia Ramos, são também candidatos em Estremoz Jorge Canhoto (partido Nós, Cidadãos!), José Daniel Sadio (PS), João Paulo Borreicho (MPT/Aliança/RIR), José Carlos Salema (Movimento Independente por Estremoz - MiETZ), José Poeiras (Chega), Rui Fonseca (CDU) e Sónia Ramos (PSD/CDS-PP/PPM).

O atual presidente da câmara, Francisco Ramos, eleito pelo MiETZ, que substituiu este mandato no cargo Luís Mourinha, anunciou que não concorre às próximas eleições autárquicas.

O executivo municipal de Estremoz é constituído por quatro eleitos do MiETZ e três do PS.

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