Singapura. Como a esquerda portuguesa viu a cimeira

por RTP
A cimeira representa um momento histórico por ter sido a primeira após um período de quase 70 anos Reuters

Catarina Martins afirma que é necessário “aguardar para saber dos efeitos concretos” do documento assinado esta terça-feira, em Singapura, por Donald Trump e Kim Jong-un. A coordenadora do Bloco de Esquerda considera, no entanto, importantes todos os passos que “forem dados para a desmilitarização”.

Já Pedro Guerreiro, eurodeputado do PCP, declarou que a cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte “poderá representar um passo no sentido de uma solução pacífica para um conflito que se arrasta há mais de 65 anos”.A cimeira de Singapura representa um momento histórico por ter sido a primeira entre líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte após um período de quase 70 anos.

Segundo Guerreiro, a “intransigência e caráter agressivo dos EUA” e o “poderoso dispositivo militar” que a potência norte-americana mantém na Coreia do Sul são os principais fatores que impedem a paz.

“No passado também foram estabelecidos acordos e compromissos entre a República Popular Democrática da Coreia e os EUA que, posteriormente, não foram cumpridos pela parte norte-americana", acrescentou.

Esta é a razão pela qual, de acordo com o eurodeputado comunista, a solução para o conflito passa “pelo respeito pelos princípios de soberania e independência nacionais e o direito do povo coreano a decidir sobre os seus próprios destinos, tendo em vista a concretização de uma sua aspiração: a reunificação pacífica da Coreia".

Alguns dos exemplos de compromissos quebrados anteriormente pelos EUA são os acordos nucleares com o Irão ou o acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. Por essa razão, Guerreiro considera essencial uma “garantia de efetivas medidas de segurança, com vista ao objetivo da paz estável e duradoura" na península coreana, finalmente "livre de armas nucleares e de forças estrangeiras estacionadas".
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