O presidente da República excluiu na última noite o cenário de um novo confinamento por causa da evolução da pandemia da Covid-19. Na perspetiva de Marcelo Rebelo de Sousa, “a situação não aponta para isso” e “não tem comparação” com os números de há um ano.
Questionado sobre a hipótese de um confinamento limitado, o presidente foi taxativo. “Não, eu estou a dizer precisamente o contrário, que não faz sentido neste momento estar a falar em 80, quando a situação é uma situação que não aponta para isso neste momento”, insistiu.
Marcelo falou igualmente do que descreveu como “as duas frentes” do país: “A frente da vacinação Covid, que vem também, em simultâneo, com a vacinação da gripe, e depois a frente da recuperação dos problemas de saúde que ficaram em afetados, congelados, atrasados, prejudicados, durante mais de um ano e meio”.
Relativamente ao ritmo da vacinação, o presidente da República quis defender a ideia de que o país compreendeu “muito mais cedo do que toda a Europa” que “mais vale garantir a vacinação rápida daqueles que são mais vulneráveis numa corrida contrarrelógio do que eles estarem a perder anticorpos ou resistências”.
Quando às doses de reforço contra a Covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que os cidadãos “estão a acordar” para a realidade de que “é preciso acelerara aquilo que já estava em marcha”.
"Eu encontrei muita gente da minha idade que me dizia: a mim bastam-me duas (...) que diabo, isto é capaz de ser um exagero, outra vez esta vacinação. E foi bom que as pessoas percebessem que tinham mesmo de vacinar”, vincou Marcelo.
“Um reforço dos meios”
Em reação ao anúncio do Governo, que espera robustecer o programa de vacinação nos próximos dias, Marcelo Rebelo de Sousa disse que, embora as pessoas, “durante um tempo”, tenham “faltado à chamada”, estão, no presente, a “aparecer em massa”. “Isto obriga a um reforço dos meios e, em boa hora, foi decidido reforçar os meios. O objetivo é acelerar a vacinação para o bem de todos”..
O primeiro-ministro, António Costa, recebe até quarta-feira os partidos com assento parlamentar, com os quais vai abordar a situação.
"Vou respeitar este espaço de tempo. O Governo vai ouvir os partidos nos próximos dias e depois vai decidir. Acho que tudo o que o Presidente da República dissesse agora era mal vindo porque era prematuro, antecipava-se aos partidos e ao Governo”, sintetizou o presidente.
c/ Lusa
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