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Ventura disposto a "qualquer sacrifício" para tirar Costa do poder

por RTP

Foto: Ricardo Lopes - RTP

António Costa criticou André Ventura por querer toda a gente a pagar impostos com a mesma taxa, eliminando a progressividade que é um pilar fundamental do sistema fiscal. O líder do Chega admitiu que "tendencialmente" defendia esse princípio.

O ainda primeiro-ministro afirmou que o Governo tinha baixado o IVA da restauração e que o aumento da taxa de emprego reforçou a sustentabilidade da Segurança Social.

Ventura acusou o Governo de ter reforçado em 400.000 o contingente de pobres existente no país, ao mesmo tempo que as clientelas políticas do PS "enchem os bolsos". Criticou também o sistema fiscal português por ser um dos mais burocráticos, cheio de "taxas e taxinhas".

António Costa lembrou a Ventura que este foi militante do PSD que, estando no governo, cortou as pensões e continuou depois desse corte a candidatar-se em listas do PSD. Como deputado do Chega este ausente em votações fundamentais da Assembleia da República "fala, fala, fala", mas no momento da verdade não está presente, sublinhou Costa.

Ventura chamou a atenção para a posição de Portugal no ranking da corrupção, que piorou substancialmente sob o Governo de Costa, ao que Costa respondeu invocando a legislação, também contra a corrupção, que fizera aprovar enquanto ministro da Justiça.

A uma última pergunta, sobre a disponibilidade de ambos os partidos para viabilizarem um Governo do PSD, se for este o partido mais votado, António Costa não teceu qualquer hipótese para esse possível cenário, e André Ventura afirmou-se disposto a qualquer "sacrifício" para tirar António Costa do poder.

Já no final, Ventura acusou Costa de ter organizado escutas para interferir no processo Casa Pia, e Costa replicou lembrando-lhe que fora condenado em tribunal por ofensas de carácter racista contra uma família residente no bairro Jamaica.
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