Hillary Clinton reconhece a derrota e cita a bíblia para dizer que haverá mais oportunidades para chegar à Casa Branca. Trump promete reconstruir a América com um mega-plano de obras públicas. Toda a imprensa internacional de referência olha para a "surpresa" com um "mea culpa" que um olhar pelas capas e editoriais revela. "Os jornalistas reconhecem que há uma derrota dos média informativos", refere no Jornal 2 Felisbela Lopes, que fala em "choque e espanto, principalmente dos média norte-americanos".
"O que aconteceu foi uma construção social da realidade. Aquilo que os média interpretaram de forma literal, as pessoas entenderam como uma metáfora (p.ex. o muro que iria impedir a imigração ilegal na fronteira com o México)", explica Felisbela Lopes. A investigadora lembra que quem dá a vitória a Donald Trump nas urnas são milhões de famílias pobres que nunca viram a sua "história" chegar aos jornais ou aos alinhamentos dos telejornais.
Na América há outra realidade nova que os média informativos não anteciparam. Um Presidente, um Senado, um Congresso - uma só maioria republicana, conservadora, e determinada que os mercados acabaram por saudar depois de uma primeira reação de desconfiança que não chegou a durar mais do que as primeiras horas após a confirmação da vitória do candidato republicano.
O dólar recuperou face ao euro, o petróleo subiu de preço e as bolsas, que chegaram a cair globalmente cinco por cento, fecharam com ganhos em praticamente todos os mercados.