Apoio às PME é a "maior prioridade" do Banco Europeu de Investimento em 2019

por Lusa

A vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) responsável por Portugal, Emma Navarro, disse hoje que o apoio às pequenas e médias empresas (PME) portuguesas "permanece a maior prioridade" da instituição em 2019.

"Apoiar as pequenas e médias empresas permanece a nossa principal prioridade em Portugal", disse Emma Navarro em conferência de imprensa, acrescentando que as PME são "o esteio da economia portuguesa e a maior fonte de emprego" no país.

"Estou confiante de que 2019 será um ano positivo para Portugal", acrescentou.

Salientando que o apoio às PME foi superior a 900 milhões de euros em 2018, Emma Navarro disse que este valor foi possível devido à colaboração com os "parceiros locais", como a Instituição Financeira de Desenvolvimento, mais conhecida como banco de fomento.

Para além do trabalho com as PME, Emma Navarro manifestou também a convicção de que 2019 terá um foco nas questões ambientais. Em 2018, o financiamento do BEI destinado à ação climática em Portugal atingiu 41% do total da atividade do banco no país, quando em 2017 a percentagem tinha sido de 10%, e em 2016 de 8%.

A vice-presidente da instituição destacou que Portugal "foi um dos poucos países" em que a atividade do banco aumentou em 2018, e que no geral da atividade do banco "o foco mudou de apoiar a recuperação para apoiar a competitividade".

Como principais projetos apoiados pelo BEI, a responsável nomeou o investimento nas barragens dos rios Tâmega e Torno, investimentos nos portos de Lisboa, em Alcântara, e de Leixões, e ainda o projeto de irrigação em Alqueva.

Em 2018, o financiamento do BEI, quer através do banco quer através do Fundo Europeu de Investimento (FEI), totalizou 1.979 milhões de euros, dos quais 904 se destinaram às PME, 503 à área ambiental, 499 a infraestruturas e 73 a inovação.

Relativamente ao Plano Juncker, Portugal é o terceiro país que mais beneficiou, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), do financiamento do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), lançado há quatro anos.

Portugal surge em terceiro lugar, depois da Grécia e da Estónia, no financiamento do FEIE em termos do PIB, com 2,5 mil milhões de euros aprovados, que se espera gerarem mais de 8,7 mil milhões de euros em investimentos.

O Plano de Investimento para a Europa (`Plano Juncker`), lançado em novembro de 2014 para inverter a tendência descendente dos reduzidos níveis de investimento e colocar a Europa na via da recuperação económica, mobilizou 360 mil milhões de euros em investimentos, dois terços dos quais de fontes privadas, segundo um comunicado.

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