A ministra austríaca dos Negócios Estrangeiros defendeu um embargo de toda a Europa às vendas de armas a Riade. A ministra sublinhou que não o fazia, em primeira linha, devido ao assassínio do jornalista Jamal Khashoggi.
Em declarações ao jornal alemão Die Welt, a ministra austríaca Karin Kneissl afirmou que, "ante de mais, a terrível guerra no Iémen e a crise com o Qatar deviam para nós, União Europeia, constituir um motivo para finalmente agirmos conjuntamenteface à Arábia Saudita".
Kneissl emitiu a expectativa de que, "se travarmos todos os fornecimentos de armas da União Europeia à Arábia Saudita, isso pode ser uma contribuição para põr termo a estes conflitos". E sublinhou que o assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, embora seja "profundamente perturbador" e "uma violação da lei sem precedente", é apenas "o cúmulo do horror".
A declaração surge num momento em que a Áustria preside ao Conselho da Europa, segundo as disposições de rotatividade deste órgão, e dá seguimento a um apelo nesse sentido ontem aprovado no Parlamento Europeu.
Alguns países europeus já anunciaram por si próprios medidas de embargo, nomeadamente a Alemanha, que para já não assinará novos contratos de fornecimentos de material de guerra, e poderá mesmo reavaliar o cumprimento de contratos já assinados. Pelo contrário, o Governo de Pedro Sánchez, em Espanha, insiste em manter os fornecimentos militares à Arábia Saudita.