BCE desce taxa de juro dos depósitos bancários para -0,50%

por RTP
Imagem de arquivo Reuters

O Banco Central Europeu (BCE) desceu hoje, como esperado, a taxa dos depósitos bancários para -0,50%, menos uma décima que a anterior, afirmou um porta-voz da instituição.

O porta-voz do BCE adiantou que as outras duas taxas de juro diretoras do BCE se mantiveram.

Trata-se da taxa que os bancos pagam para ter dinheiro depositado no BCE e é uma das medidas de estímulo para fazer face ao abrandamento da economia Zona Euro e a uma inflação que não se aproxima do objetivo do BCE, os 2%.

O Banco Central Europeu vai iniciar ainda um novo programa de compra de ativos, mas de dimensão mais reduzida do que o anterior. Serão 20 mil milhões de euros por mês a partir do dia 1 de novembro.

O programa decorrerá durante o período que for necessário "para reforçar o impacto expansivo das suas taxas de juro".

No comunicado, o BCE afirma que terminará as compras de dívida "pouco antes de começar a subir as taxas de juro".

O BCE também se reservou a possibilidade de descer de novo as taxas de juro, abandonando qualquer horizonte preciso para as aumentar.

A instituição exclui a partir de agora qualquer aumento das taxas de juro, enquanto as perspetivas para a inflação não tenham "convergido solidamente" para o objetivo próximo de 2%. Ainda em julho passado o BCE prometia não subir as taxas de juro antes de meados de 2020.

Para mitigar os efeitos das taxas de juro negativas nas contas de resultados dos bancos, o BCE decidiu que não vai cobrar o excesso de reservas até um determinado montante.

Depois da reunião do Conselho do BCE, a instituição também anunciou que vai aplicar um sistema de dois níveis "para apoiar o mecanismo de transmissão da política monetária".

Em relação às operações de liquidez a longo prazo, o BCE também informou hoje que vai mudar a modalidade das mesmas "para preservar umas condições de empréstimo bancário favoráveis".

O BCE vai aplicar nestas operações de liquidez a longo prazo a taxa de juro média à qual empresta nas operações de refinanciamento principais, os leilões semanais, que está atualmente em 0%, durante todo o período de vida das mesmas.


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