Suécia. Central espacial financiada pela UE

por Daniela Ferreira Pinto

Rebecca Abecassis

Todos os anos, centenas de turistas atravessam a região polar Norte para assistir a um fenómeno impressionante: auroras boreais. A mancha de cores que pinta o céu ártico %u2013 e que é cada vez mais rara - ocorre graças ao impacto de partículas de ventos solares com a atmosfera da Terra.

Urban Brandstrom é o cientista no Instituto Sueco do Espaço (IRF) responsável por percorrer, todos os dias, os telhados do edifício. Controla as lentes que fotografam auroras. O principal centro espacial sueco fica a cerca de 50 quilómetros do centro de Kiruna, uma cidade no Norte do país, já dentro do Círculo Polar Ártico. O caminho faz-se por uma estrada ladeade de pinheiros com neve.

Como Brandstrom, trabalham no maior centro de investigação espacial civil do mundo 110 cientistas, engenheiros e investigadores de 18 nacionalidades.

O IRF recebeu financiamento europeu em 2011 para um projeto de voos espaciais privados. Embora não tenha ainda resultados concretos, os cerca de 460 mil euros em fundos europeus serviram para financiar a investigação científica. Conta, desde 1996, com o lançamento de mais de 600 foguetões.

Stefan Karlsson já trabalha no Instituto há 15 anos. "Isto voará para Júpiter", explica, ao pegar no protótipo de um novo instrumento espacial. Mas não são só os profissionais que colaboram no instituto.

Os estudantes suecos têm a possibilidade de estagiar depois do ensino secundário e antes de ingressarem na universidade, financiados por bolsas do Estado. Para Josefine, estagiária no Esrange, "é uma oportunidade fantástica" que previne "começar a estudar algo em que não se quer trabalhar no futuro".

Esta reportagem faz parte do programa "De Lisboa a Helsínquia" que pode rever aqui.
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