Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 0h00 desta quinta-feira uma greve em protesto contra o "encerramento unilateral” do processo negocial da carreira e a aprovação do regime remuneratório sem acordo sindical.
No protesto, os trabalhadores pretendem mostrar o descontentamento ao Governo e “sensibilizar os partidos” para que “passem das palavras aos atos e cumpram as promessas que têm feito”, refere o sindicato.
Pretendem ainda, “de alguma forma, responsabilizar o senhor Presidente da República, porque promulgou o decreto-lei, apesar dos sucessivos pedidos de reunião dos sindicatos e de grupos de profissionais”, explicou o vice-presidente do sindicato, Fernando Zorro.
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Sobre os motivos da greve, o dirigente sindical disse que se prendem com o encerramento, por parte do Governo, das negociações da revisão de carreira de “forma unilateral”, após uma “longa negociação”, e ter publicado o decreto-lei que regulamenta a carreira dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica sem acordo com os sindicatos.
Segundo Fernando Zorro, o decreto-lei, já promulgado pelo Presidente da República, “prejudica os trabalhadores que se encontram neste momento a trabalhar há 10, 15, 20 e alguns até há 30 anos”.
“Um trabalhador que exerça a sua atividade há 20 anos vai ganhar exatamente o mesmo que um profissional que entrou no dia 1 de fevereiro”, disse o dirigente sindical.
O decreto-lei faz “o apagão de todo o tempo de serviço” e faz com que 97 por cento dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica vão para a base da carreira”, independentemente do tempo de carreira, sublinhou.
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) são um grupo profissional que abrange 18 profissões de saúde, como analistas clínicos, técnicos de radiologia ou fisioterapia.
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