Tempo de espera aumenta por uma cirurgia

por Antena 1

Os tempos de espera por uma cirurgia no Serviço Nacional de Saúde aumentaram. Em 2016 foi o mais elevado dos últimos seis anos.

No final do ano passado, como conta a jornalista Rosa Azevedo, havia mais de 200 mil doentes à espera de operação.

Em maio do ano passado o Ministério da Saúde lançou o programa de incentivo à realização da atividade cirúrgica para melhorar os tempos de resposta dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, mas não terá tido reflexos imediatos já que 2016 terminou com um tempo de espera muito elevado.

Em declarações à Antena 1, Ricardo Mestre, vogal da Direção da Administração Central dos Sistemas de Saúde, garante que já foram tomadas medidas para resolver os atrasos. "Recordo que já este ano foi publicada uma nova portaria que define novos tempos máximos de resposta garantido e que essa nova portaria define que para a prioridade normal haverá uma redução do tempo máximo de resposta garantido que, neste momento, está definido em 270 dias e que passará a 180 dias".

Acrescenta este responsável que a "redução do tempo máximo de resposta vai trazer uma maior equidade ao sistema numa perspetiva em que, mantendo uma mediana por volta dos três meses, ao reduzirmos os tempos máximos de resposta garantido estamos a assegurar que a reposta do SNS é cada vez mais adequada e atempada".



Já em comunicado enviado às redações, a Administração Central do Sistema de Saúde refere que "o número de utentes operados no SNS atingiu o valor mais elevado de sempre em 2016, tendo-se realizado 568.765 cirurgias, mais 1,5% do que em 2015, e mais cerca de 65.000 do que em 2011".

Acontece que, "também em 2016 se registou o número mais elevado de entradas em lista de inscritos para cirurgia desde que foi constituído o Sistema de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), o que evidencia o aumento da procura dos hospitais do SNS para a realização de atividade cirúrgica".

Lê-se ainda que  "o tempo médio de espera dos operados manteve-se cerca dos 3 meses (3,1 meses), tendo-se registado uma melhoria do grau de cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos para os utentes com níveis de prioridade mais elevados".
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