Golo a abrir segunda parte deixa seleção feminina de Portugal em desvantagem

por Lusa
Miguel A. Lopes - Lusa

A seleção portuguesa de futebol feminino iniciou hoje o "play-off" de acesso ao Europeu com um desaire na receção à Rússia, por 1-0, mas mostrou argumentos para ambicionar a inversão da eliminatória na segunda partida.

Um golo de Nelli Korovkina, aos 51 minutos, num lance estranho, acabou por fazer a diferença no Estádio do Restelo, em Lisboa, mas deixa a presença em Inglaterra, país anfitrião do Campeonato da Europa, de 06 a 31 de julho de 2022, por decidir na terça-feira, na Sapsan Arena, em Moscovo, no jogo da segunda mão.

A equipa das 'quinas' teve o controlo praticamente total do primeiro tempo, que se iniciou com um livre direto em zona frontal, ‘colado’ à grande área, que a capitã Cláudia Neto conquistou e converteu, aos quatro minutos, ligeiramente por cima.

Foi o primeiro aviso das lusas, que via a Rússia a apostar em tímidas aproximações, como aos 16, quando Nadezhda Smirnova se desmarcou entre as centrais e rematou para as mãos de Patrícia Morais, mas Portugal respondeu de imediato por intermédio de Tatiana Pinto, numa tentativa de ‘chapéu’ que a guarda-redes russa Elvira Todua evitou com uma enorme defesa.

Portugal tinha mais bola e determinação, não se notando a superioridade teórica da Rússia, de acordo com o ‘ranking’, que coloca Portugal em 30.º e a adversária em 23.º, e, não obstante um maior atrevimento forasteiro, foi Portugal que ‘fechou’ a primeira parte novamente por cima, numa oportunidade soberana que Carolina Mendes não conseguiu desviar, aos 43.

No reatamento, um lance caricato acabou por desfazer o ‘nulo’ aos 51 minutos, a favor da Rússia, que marcou por Nelli Korovkina, de cabeça, após um primeiro remate defendido por Patrícia Morais, que não criou oposição à avançada do Lokomotiv de Moscovo por ter pensado que a bola tinha ultrapassado a linha de fundo.

A correr contra o prejuízo, as comandadas de Francisco Neto procuraram repor, num ápice, a igualdade, num cabeceamento de Carolina Mendes que saiu perto do poste, mas as russas mostravam boa segurança defensiva e chegaram a incomodar, a espaços, no ataque, sobretudo de bola parada, em momentos de algum aperto para a defensiva portuguesa.

Já depois de um golo irregular, por fora de jogo de Nelli Korovkina, a posse de bola portuguesa não se traduzia em efeitos práticos e foi mesmo a Rússia a estar mais perto de ampliar a vantagem, valendo um corte providencial de Ana Borges, aos 78, a intercetar o remate, já na pequena área, de Marina Fedorova.

O selecionador Francisco Neto refrescou o ataque, com as entradas de Ana Capeta e de Telma Encarnação, e o melhor que conseguiu surgiu dos pés de ambas, aos 81, numa investida veloz da segunda pela direita, a fletir para o interior da área, mas a desequilibrar-se, sobrando a bola para a avançada do Sporting, mas Elvira Todua segurou o triunfo da Rússia.


 

 

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