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Amorim nega palavras que sustentam castigo de 15 dias do Conselho de Disciplina

por Lusa
António Cotrim - Lusa

O treinador do Sporting negou esta quinta-feira ter proferido as palavras que lhe são atribuídas na deliberação do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol para sustentar o castigo de 15 dias que lhe foi aplicado e prometeu defender-se.

Em conferência de imprensa de antevisão da partida de sexta-feira, frente ao Farense, Rúben Amorim advertiu que falaria sobre esse assunto apenas "uma vez", até para não se "prejudicar mais", mas frisou que foi expulso no final do encontro com o Famalicão "por afirmações que não são verdade".

"Se posso ser expulso por palavrões, expulsem-me, mas o que está a dar sustentação ao castigo, aquilo de `conseguiste o que querias`, é falso. Portanto, vou-me defender, mas é a última vez que falo sobre qualquer processo ou castigo que tenha, porque o grande prejudicado sou eu", adiantou.

Ainda assim, o técnico acabou por voltar ao assunto para admitir que não concorda com a suspensão que lhe foi aplicada e reconhecer que é "a palavra do árbitro" contra a sua, mas garantiu estar "de consciência tranquila".

"Principalmente, porque sei o que disse e porque nunca vim para aqui dizer que não disse. Nunca fui santo. Vocês não devem conhecer um jogador que esteve duas vezes suspenso pelo mesmo clube e a treinar à parte... Portanto, nunca me quis [fazer] passar por santo, mas sei o que digo e o que não digo. E estando de consciência tranquila, isso é o principal para mim", sublinhou.

O treinador do Sporting foi suspenso por 15 dias pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, após a expulsão no jogo frente ao Famalicão (1-1), da 26.ª jornada da I Liga.

O técnico dos `leões`, que foi expulso pela quarta vez, vai cumprir uma suspensão de 15 dias, além de pagar uma multa de 6.375 euros, segundo o mapa de castigos divulgado na terça-feira, que salienta que Rúben Amorim proferiu "palavras injuriosas dirigidas à equipa de arbitragem" no final do jogo.

Já sobre o atual momento da equipa, Rúben Amorim garantiu que esta "está melhor", apesar de ter empatado nos últimos dois jogos, e frisou que os jogadores acreditam no seu técnico quando este lhes diz isso, para além de ter repetido, também mais do que uma vez, que o Sporting tem capacidade para bater o Farense "com ou sem" o treinador no banco.

"Tivemos dois jogos em que não conseguimos ganhar, mas fomos superiores. Aumentámos o nosso número de oportunidades, diminuímos as dos adversários, mas três remates enquadrados deram dois golos. Mas a equipa está tranquila, acredita em mim quando digo que estão melhores e a equipa está melhor", frisou.

Para sustentar a sua ideia, o técnico lembrou que "há coisas no futebol que não se explicam" e recordou uma jornada recente, onde o último minuto de duas partidas distintas ditou um cenário diametralmente oposto na classificação.

Nesse sentido, Rúben Amorim recordou que "na jornada do Moreirense (1-1), um rival [FC Porto] esteve empatado até ao último minuto e ficaria com uma desvantagem maior", enquanto os `leões` estiveram em vantagem até ao último minuto e acabaram por ceder um empate.

"Portanto, o que poderia ser uma vantagem maior, tornou-se menor. Passámos de 10 pontos para oito, num minuto, se fosse diferente, seriam 12. O futebol é mesmo assim e o que explico aos jogadores é que muda de um momento para o outro e se mudou, neste momento, também pode voltar a mudar", desvalorizou.

O Sporting visita o Farense na sexta-feira, em partida da 27.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, na qual Rúben Amorim não vai contar com o defesa central Feddal, que fica em Lisboa "a recuperar de algumas mazelas", segundo adiantou o técnico.

Os `leões` entram em campo com uma vantagem de seis pontos sobre o segundo classificado, o FC Porto, depois de terem cedido dois empates nos dois últimos encontros do campeonato, frente a Moreirense e Famalicão, ambos por 1-1.

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