Ricciardi propõe que Bruno de Carvalho seja investigado ou internado

por RTP
“Não sou estratega de nada”, reagiu José Maria Ricciardi, visado pouco antes pelo presidente do Sporting Lusa

São “absolutamente falsas” as acusações desferidas este sábado, em conferência de imprensa, pelo presidente do Sporting. José Maria Ricciardi reagiu desta forma às acusações que lhe foram desferidas por Bruno de Carvalho, que o acusou de ser “o estratega de tudo o que se está a passar”. O ex-membro do Conselho Leonino considerou mesmo que Bruno de Carvalho deve ser investigado pela justiça ou “internado numa instituição psiquiátrica”.

“Não sou estratega de nada, não falo com Álvaro Sobrinho há anos e não estou por detrás de nenhuma cabala”, afirmou José Maria Ricciardi, ouvido na SIC Notícias.

Para Ricciardi - acusado por Bruno de Carvalho de ser, a par do dono da Holdimo Álvaro Sobrinho, “estratega” da crise que se abateu sobre Alvalade -, resta ao presidente do Sporting “ser arrastado, integrado nas investigações criminais graves” em curso, “ou ser internado numa instituição psiquiátrica”.

“Também tem de se considerar essa hipótese”, acrescentou.

Na longa conferência de imprensa da tarde deste sábado, em Alvalade, o presidente do Sporting acusara Ricciardi de ser “o estratega de tudo o que se está a passar”.

“Com promessas de entrada de milhões, juntamente com o seu amigo Álvaro Sobrinho. De milhões, em cinco anos, só se viu o acerto de contas de 500 mil euros. Agora, dizem que têm milhões para o Sporting. Por que mudou a sua posição e a de tantos dos que se diziam nossos apoiantes? Porque é uma pessoa, um sobrevivente, daqueles que vai passando pelos pingos da chuva, nem que tenha de ter toda a família na cadeia. Continuava a achar que era dono do Sporting e, no dia em que lhe foi dito não à possibilidade de fazer um negócio, ganhando dinheiro com isso, entrou em loop e começou a juntar as tropas”, acusou Bruno de Carvalho.
Agressões, detenções, demissões

A crise no seio do Sporting agudizou-se na passada terça-feira, quando a equipa de futebol do clube foi agredida na Academia de Alcochete por dezenas de presumíveis adeptos encapuzados. Foram detidos 23 suspeitos.

Outras quatro pessoas foram detidas na quarta-feira após denúncias de alegada corrupção em partidas de andebol, entre as quais André Geraldes, diretor para o futebol, entretanto libertado sob caução e inibido de desempenhar funções desportivas.

Na quinta-feira a crise agravou-se com as demissões da Mesa da Assembleia Geral - em bloco - e da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar, instando o presidente do Sporting a sair. O que viria a ser rejeitado por Bruno de Carvalho.

c/ Lusa
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