Sporting lança críticas ao futebol português em resposta a Fernando Gomes

por Lusa
António Pedro Santos - Lusa

O Sporting lançou sexta-feira uma série de críticas a vários pontos do futebol português, em resposta às palavras do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), com as quais diz que “não podia estar mais de acordo”.

Num texto publicado na rede social Facebook pelo diretor de comunicação dos ‘leões’, Nuno Saraiva, o Sporting explicou que “não podia estar mais de acordo com o essencial” expresso por Fernando Gomes, num artigo de opinião publicado em vários órgãos de comunicação social.

Os ‘verde e brancos’ elencam, depois, uma série de críticas, das “claques que continuam por legalizar, aos adeptos do futebol e ao estado de direito”

Nuno Saraiva termina a publicação dizendo que “é tempo de, como há muito tempo o Sporting tem vindo a defender, pôr cobro a este clima que em nada beneficia o futebol português”, pedindo “coragem de quem tem o dever de intervir para o fazer”.

A reação dos 'leões' segue-se à do Benfica, que mostrou concordância com as palavras de Fernando Gomes numa tomada de posição que era “há muito expectável”, e que espera que “seja consequente e produza resultados concretos”, e do FC Porto, que lançou várias críticas ao Benfica e pediu que as palavras do dirigente da FPF resultem “rapidamente decisões práticas para o dia a dia do futebol português”.

Os ‘três grandes’ reagiram a um artigo do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que alertou hoje para os “sinais de alarme” decorrentes da “apologia do ódio” e de um “constante tom de crítica em relação à arbitragem”, instando à ação dos clubes e Estado.

“É necessário que os clubes saibam encontrar pontes de diálogo naquilo que os une – e na minha opinião é muito! – e, de uma vez por todas, deixem de permitir que os seus símbolos, a sua história e a sua força sejam capturados para a apologia do ódio”, escreveu Fernando Gomes.

Um cenário, de ameaça e crítica, de ódio entre clubes – “espalhado por redes sociais e órgãos de comunicação social” -, e que segundo Fernando Gomes não pode ser ignorado pelos clubes profissionais, nem pelo Estado.

“O Estado, o Governo, a Assembleia da República, os diferentes responsáveis institucionais devem envolver-se cada vez mais neste objetivo coletivo de combater de forma efetiva as ameaças ao futebol, nas suas diversas vertentes”, escreveu.

Ainda de acordo com Fernando Gomes, “a FPF está disponível para colaborar com o Estado em todas estas frentes, nomeadamente na revisão das competências do Conselho Nacional do Desporto, um órgão que poderá desempenhar papel fulcral”.

“A FPF está a fazer a sua parte e estará sempre do lado das soluções construtivas e pacificadoras. Ninguém pode ficar de fora desta responsabilidade”, concluiu.

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