Europol avisa que "não há interruptor" para matar novo vírus informático

por Jorge Almeida - RTP
Jim Urquhart - Reuters

O vírus que assolou esta semana computadores de empresas e outros organismos à escala global não tem para já nenhum antídoto. A Europol avisa os utilizadores para “não pagarem” qualquer pedido de resgate.

Um novo ataque cibernético espalhou-se rapidamente pelo mundo inteiro na terça-feira. É mais um vírus do tipo ransonware, que na maior parte dos casos pede um resgate financeiro para os utilizadores recuperarem os seus ficheiros.

"Este é outro ataque de ransomware grave com impacto global, embora o número de vítimas ainda não seja conhecido", afirmou o diretor executivo da Europol, Rob Wainwright.

O diretor executivo da Europol, Rob Wainwright. Foto: Jerry Lampen - Reuters

“Não existe nenhum interruptor” para aniquilar o vírus e o melhor é mesmo não deixá-lo entrar no seu computador, avisa a agência que reúne as polícias dos países-membros da União Europeia.

A empresa de segurança cibernética do Grupo IB, com sede em Moscovo, estima que cerca de 100 empresas e organizações tenham sido atingidas pelo vírus. As vítimas estão espalhadas por todo o mundo e em diferentes indústrias, incluindo bancos, transportes e energia, entre outros setores de atividade.

O vírus usa uma ferramenta de hacking chamada EternalBlue, que tira proveito de uma fraqueza no Microsoft Windows. A Microsoft (MSFT, Tech30) lançou um patch para a falha em março, mas nem todas as empresas fizeram a atualização.

Para proteger o seu computador e evitar ser mais uma vitima deste vírus, a Europol aconselha:

• Mantenha todas as aplicações e sistemas operacionais atualizados nos seus dispositivos eletrônicos;

• Faça um backup dos seus ficheiros;

• Não abra anexos ou links que estejam em mensagens suspeitas.
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