Em outubro de 2016 foram lançados 103 drones Perdix, de baixo custo e tamanho diminuto, nos céus da Califórnia. O teste, agora divulgado, demonstrou que os dispositivos resistem a condições adversas, afigurando-se o futuro do armamento de combate.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em parceria com o Comando Naval responsável pelos Sistemas Aéreos lançou, em outubro de 2016, pequenos aparelhos capazes de exercer funções em conjunto durante o voo.
Ejetados a partir de três aviões Super Hornets F, 103 drones Perdix sobrevoaram os céus da Califórnia. Os drones destacam-se pelo seu tamanho micro (16 centímetros) e pelo baixo custo de construção e manutenção.
Estes dispositivos de tecnologia avançada têm a capacidade de tomada de decisão coletiva, dirigindo-se todos no mesmo sentido e efetuando as mesmas atividades, sob diretrizes humanas acionadas em terra.
O teste consolidou a confiança crescente dos militares norte-americanos na utilização deste tipo de equipamento em operações de guerra. Os micro-drones e todos os seus componentes internos conseguiram superar as potenciais condições de lançamento aéreo, como velocidades extremas, temperaturas negativas e choques de força durante a ejeção. Estes pequenos sistemas não tripulados têm como missão retirar informações e fornecê-las ao seu utilizador.
Os estrategas dos Estados Unidos veem neste avanço científico a forma mais eficiente para superar as defesas dos adversários.
Em comunicado, William Roper, diretor do Departamento de Capacidades Estratégicas dos Estados Unidos, informou que "estes drones não são indivíduos sincronizados pré-programados. São um organismo coletivo, que compartilha um cérebro comum, adaptando-se uns aos outros como um enxame na natureza".
"Cada Perdix comunica e colabora com os restantes. O enxame não tem um líder e consegue adequar-se à entrada ou saída de drones na sua equipa", acrescentou Roper.
Investimento em massa
Os drones foram originalmente projetados por estudantes de engenharia no Instituto de Tecnologia de Massachussetts. Desde 2013 que foram continuamente modificados para exercícios militares.
Adaptando e testando novos softwares e hardwares mensalmente, os dispositivos estão agora na sua sexta geração.
O objetivo é encontrar empresas e indústrias capazes de reproduzir em escala e com precisão os novos aparelhos, atingindo lotes de mil peças.
