Um "Palácio Celestial" chinês pode cair em Portugal nesta Páscoa

por Nuno Patrício - RTP
Portugal pode ser alvo do módulo espacial esta Páscoa. Foto: Direitos Reservados

A Estação Espacial chinesa está descontrolada e pode cair a qualquer momento. O risco é real e Portugal consta na lista dos locais onde a Tiangong-1 (Palácio Celestial 1) pode terminar os seus dias.

A reentrada na atmosfera terrestre da estação Tiangong-1 deveria estar a ser feita de forma coordenada com o centro de controlo da missão, mas após várias tentativas o veículo espacial deixou de responder à Terra.A Estação Espacial chinesa foi colocada em órbita em 29 de setembro de 2011, pesa 8500 quilos, tem 10 metros de comprimento e um diâmetro de 3,5 metros. Este modulo espacial chegou a receber três “taikonautas”chineses.

Este módulo espacial de 8,5 toneladas está já em orbita descendente e as várias entidades que seguem os satélites apenas informam que os restos da Tiangong-1 podem cair este domingo no planeta, mas não sabem dizer onde, nem o tamanho dos pedaços que chegarão cá abaixo.

De acordo com a empresa norte americana Aerospace Corporation há hipóteses de que uma pequena quantidade do módulo sobreviva à reentrada da Terra.

"Se isso acontecer, qualquer destroço sobrevivente vai com certeza colidir numa faixa terrestre de centenas de quilómetros ", diz a Aerospace.


Siga aqui a trajetória em tempo real da Tiangong-1

Mas este não é o único perigo proveniente deste "Palácio" voador chinês.

O setor aeroespacial alerta também que a estação espacial pode conter um combustível altamente tóxico e corrosivo chamado hidrazina ainda nos tanques internos.

A Aerospace Corporation, financiada pelos Estados Unidos, estima que a Tiangong-1 entrará na atmosfera durante a primeira semana de abril. Já a Agência Espacial Europeia (ESA) estimou o período de queda entre 24 de março e 19 de abril.

O relatório da queda desta aeronave inclui um mapa que revela que o módulo deverá reentrar entre as latitudes 43°norte e 43°sul.

Estando as regiões do norte da China, no Médio Oriente, Itália central, no norte de Portugal e de Espanha, norte dos Estados Unidos, Nova Zelândia, Tasmânia, parte da América do Sul e do sul da África, classificadas como potenciais alvos dos destroços da Tiangong-1.

No entanto, o setor aeroespacial insiste que a hipótese de alguém ser atingido por um fragmento é de cerca de um milhão de vezes menor do que, por exemplo, vencer o primeiro prémio do "Euromilhões".

Saiba mais sobre este módulo espacial em Aerospace.com
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