Clint Eastwood e Hilary Swank: desafiando as convenções do

25 Out 2014 21:10

A história do cinema de Hollywood, obviamente marcada por grandes autores (entenda-se: realizadores), é também uma saga de notáveis narradores (a começar pelos argumentistas). Paul Haggis é, por certo, nas últimas décadas, um dos nomes fulcrais dessa história, aliás consagrada pelos Oscars através de "Crash/Colisão", eleito melhor filme de 2004.

"Million Dollar Baby" é outra das referências nucleares do trabalho de Haggis, consolidada através do magnífico filme que Clint Eastwood extraíu do seu argumento. Com alguma ironia, vale a pena lembrar que foi um dos títulos que Eastwood teve mais dificuldades em concretizar: do ponto de vista do estúdio que, em qualquer caso, viria a distribuir o filme (Warner), não era muito motivador apoiar um projecto centrado na história de uma mulher pugilista…
Seja como for, Eastwood transformou a história dramática de Maggie Fitzgerald numa saga de emoções que, em última instância, desafia muitas convenções mais ou menos tradicionais da figuração do masculino e do feminino. Sem esquecer que o fez oferecendo uma oportunidade de ouro a Hilary Swank — a sua composição valeu-lhe o seu segundo Oscar de melhor actriz, cinco anos depois de "Os Rapazes Não Choram".
  • cinemaxeditor
  • 25 Out 2014 21:10

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