As burricadas fazem parte das memórias dos graciosenses mais velhos.
Eram os animais que faziam o transporte para as terras de cultivo, onde ajudavam nas tarefas do campo.
Mas também serviam para o passeio e eram o transporte para as festas de verão.
Mas também serviam para o passeio e eram o transporte para as festas de verão.
Hoje são poucos os lavradores que ainda utilizam os burros.
A burricada para assinalar o Dia do Animal (4 de outubro) foi um desafio da Associação de Criadores e Amigos do Burro Anão da Graciosa (ACABAIG).
No lugar de Pedras Brancas, Freguesia da Luz, concentraram-se alguns criadores e suas famílias.
A ideia surgiu no âmbito de um documentário que está a ser gravado pelo realizador de cinema Gonçalo Tocha.
Aliás, foi cenógrafo, o italiano que há mais de uma década se fixou na Graciosa e fundou a associação.
Aliás, foi cenógrafo, o italiano que há mais de uma década se fixou na Graciosa e fundou a associação.
A ACABAIG tem contribuído para a preservação do burro anão da Graciosa que começa a despertar também o interesse dos mais novos.
A chuva que ameaçou a iniciativa fez alterar e reduzir o percurso do passeio.
Mas registou-se a participação de várias famílias, numa acção em parceria com a Confraria do Catarino e do café das Pedras Brancas.
A confraria é uma associação sem fins lucrativos que nasceu de um convívio de jovens.
Mas registou-se a participação de várias famílias, numa acção em parceria com a Confraria do Catarino e do café das Pedras Brancas.
A confraria é uma associação sem fins lucrativos que nasceu de um convívio de jovens.
A burricada foi também um evento solidário de angariação de fundos.
A receita reverterá a favor dos proprietários da raça asinina autóctone, uma das duas reconhecidas em Portugal.
O objectivo é suportar os custos com a inscrição no Livro Genealógico para o posterior Registo Nacional de Equídeos.
A receita reverterá a favor dos proprietários da raça asinina autóctone, uma das duas reconhecidas em Portugal.
O objectivo é suportar os custos com a inscrição no Livro Genealógico para o posterior Registo Nacional de Equídeos.
Estima-se que na Graciosa ainda resistam uma centena de exemplares do burro anão, mas apenas 30 estão registados.
A burricada foi um incentivo e também um regresso às memórias antigas, que muitos graciosenses guardam com saudade.