27 Abr 2020 13:40

Os cinemas da Alemanha prepararam uma lista de medidas para a reabertura das salas. O conjunto de normas foi publicado pela HDF, associação de exibidores que representa grande parte das salas do país. Destina-se a permitir o funcionamento num ambiente de pandemia "em conformidade com as mais altas medidas de segurança e proteção para clientes e funcionários", pode ler-se no documento.

Ainda em fase de proposta, a lista foi revelada ao governo e deverá funcionar em articulação com as diretrizes gerais das autoridades, sobretudo com o calendário de reabertura gradual das atividades económicas.

A Alemanha pretende avançar com cautela e, até ao momento, apenas permitiu a rebertura de algum comércio de proximidade. A chanceler Angela Merkel tem reforçado a necessidade de manter o máximo de precauções de forma a evitar novo surto que coloque em causa a resposta do sistema de saúde e aumente o número de mortes por COVID-19.

O conjunto de medidas que costam do documento da HDF são:

  • Uso de painéis de proteção nas caixas registradoras e balcões.
  • Fornecimento de máscaras e luvas de proteção para os funcionários.
  • Medidas de desinfecção crescentes com redução dos intervalos entre limpezas.
  • Minimizar o contato, por exemplo, dando prioridade à venda de bilhetes online, aumentar os pagamentos sem contato e evitar o uso de bilhetes em papel.
  • Cumprimento das regras de distanciamento, por exemplo, através de marcações e barreira apropriadas.
  • Limites na ocupação das salas com assentos vagos e lugares marcados.
  • Redução do número de pessoas na entrada dos cinemas através de horários de início desencontrados e encaminhamento de espectadores através das saídas de emergência no final das sessões.
  • Ventilação regular dos corredores e da área de entrada.
  • Sensibilizar o público para o cumprimento das normas de higiene, por exemplo, através de avisos nas instalações sanitárias.

Fica a faltar uma data para a reabertura das salas de cinema. Algo que tem suscitado opiniões diversas pelo mundo. Logo a começar pela China, o primeiro país afetado pelo coronavírus – e o primeiro a recuperar – que teve uma tentativa falhada de regresso aos cinemas em finais de março. Primeiro pela falta de público e, logo a seguir, com a ordem de Pequim para regressar à estaca zero.

Na América do Norte, os estados da Florida, Michigan, Wisconsin e Kentucky, poderão reabrir as salas no início de junho (mesmo sem estreias de novos filmes). Os dois maiores circuitos de exibição dos EUA, AMC e Cinemark, apontam para meio de junho e 1 de julho, respetivamente, como datas de regresso.

Na Europa, o espectro de opiniões vai da esperança da Vue (Reino Unido), que espera reabrir a meio de julho; ao presidente da mk2 (França e Espanha) que diz só valer a pena reabrir quando "a ida ao cinema deixar de ser uma experiência aterradora", apontando o último trimestre como a altura ideal para pensar no regresso às salas.
Em Portugal, o governo prepara a apresentação nos próximos dias do plano de regresso progressivo às atividades económicas. Até hoje, só a Medeia Filmes mostrou publicamente a vontade de reabrir as salas de cinemas, indicando 1 de junho como data de regresso das projeções ao Espaço Nimas, em Lisboa.

As salas de cinema em todo o mundo fecharam a meio de março, à medida que a pandemia provocada por um novo coronavírus se espalhava globalmente.

  • cinemaxeditor
  • 27 Abr 2020 13:40

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