Viktor Orbán declarou vitória nas eleições nacionais de domingo, reivindicando um quarto mandato, já que uma contagem parcial de votos prevê uma forte liderança do seu partido de direita, o Fidesz.
Putin e Orbán mantêm relações amistosas há muito tempo, apesar das muitas crises entre Moscovo, por um lado, e a União Europeia e a NATO, por outro, duas organizações das quais a Hungria é membro.
No início de fevereiro, em plena crise entre a Rússia e os países ocidentais que precedeu a ofensiva russa na Ucrânia, Viktor Orbán encontrou-se pessoalmente com Vladimir Putin em Moscovo e mostrou a cumplicidade com o chefe de Estado russo.
O primeiro-ministro húngaro, nacionalista e conservador, no poder há 12 anos, mostra normalmente uma grande proximidade com Moscovo em muitas questões e tornou-se, ao longo dos anos, o líder da UE mais próximo do Kremlin.
A Hungria, por exemplo, foi o primeiro país da Europa a usar a vacina russa anti-Covid Sputnik V, embora esta não seja reconhecida pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
E desde a invasão militar russa da Ucrânia, no fim de fevereiro, Orbán recusou-se a entregar armas à Ucrânia ou sequer a que fossem transportadas através do país, assim como a aplicar sanções à Rússia.
Lusa