Sociedade

Madeira vai realizar novo censo agrícola após quadro comunitário 2014/2020

O Governo Regional da Madeira vai realizar um novo censo agrícola após a concretização do quadro comunitário que termina este ano, revelou hoje o Presidente do executivo, vincando que o setor gerou 130 milhões de euros em 2019.

Madeira vai realizar novo censo agrícola após quadro comunitário 2014/2020

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"Nós vamos fazer novos censos agrícolas, porque muitas pessoas estão na agricultura, mas não são propriamente profissionais", disse Miguel Albuquerque, durante uma visita a uma exploração agrícola no concelho de Câmara de Lobos, zona oeste da Madeira.

O governante, que lidera o executivo de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou que o projeto será executado no final do quadro comunitário de apoio 2014/2020, com o objetivo de determinar a percentagem exata da população do arquipélago que se dedica exclusivamente à agricultura.

As autoridades regionais estimam que cerca de 12% da população, num universo de 267.785 habitantes (Censos 2011), trabalha no setor agrícola.

"No ano passado, o valor líquido declarado da agricultura foi mais de 130 milhões de euros, mas se se adicionar a este valor declarado aquele que é da agricultura de subsistência familiar, de certeza ultrapassa os 200 milhões de euros", esclareceu Miguel Albuquerque.

A exploração agrícola que Albuquerque visitou situa-se na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos e tem sete mil metros quadrados, sendo que o proprietário, João Costa Pereira, concorreu a apoios do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira 2014-2020 (PRODERAM) para o início da atividade e para o projeto, que incluiu a implantação de hortícolas variadas em sistema de hidroponia em dois mil metros quadrados.

O investimento foi de 261 mil euros, cofinanciado em 209 mil euros pelo PRODERAM.

"Do ponto de vista estratégico, é muito importante para a Madeira a manutenção do setor primário, até por razões de autossuficiência alimentar, de preservação paisagística e também dos solos", sublinhou Miguel Albuquerque, vincando que o objetivo do executivo consiste, agora, em "ultrapassar" a ideia da agricultura de subsistência e apostar na modernização.

C/Lusa