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Ao sabor da corrente Sérgio Azevedo

Festivais

Festival Antena 2 | 22 a 25 Fevereiro

Centro Cultural de Belém | Lisboa

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Festival Antena 2 | 22 a 25 Fevereiro Festival Antena 2 | 22 a 25 Fevereiro

6º FESTIVAL ANTENA 2


De 22 a 25 Fevereiro 2022

Centro Cultural de Belém | Lisboa


Música | Performance | Palestra 


O Festival Antena 2 mostra ao vivo e em palco uma parte simbólica daquilo que todos os dias se escuta na rádio pública. Trata-se de uma prova de vida da diversidade dos conteúdos (e seus intérpretes) definidores da Antena 2, apresentados diante dos olhos e não apenas no éter ou no mundo virtual.
Este evento vai reverberar numa série variada de concertos de música clássica (nas suas vertentes de música sinfónica com a Orquestra Gulbenkian sob a direção de Dinis Sousa, música de câmara com os clarinetistas do Quarteto Vintage, música para piano solo com António Rosado, e música antiga com o Ensemble Fiori e Fuoco com a soprano Orlanda Velez Isidro), e ainda música coral com o Musaico sob a direção de Tiago Marques num programa baseado em harmonizações de canções dos Beatles; jazz com o Quarteto de Mário Costa e o seu projeto Chromosome que junta o baterista português ao trompetista Cuong Vu, ao pianista Benoit Delbecq e ao contrabaixista Bruno Chevillon; música para banda com a premiada Filarmónica União Taveirense dirigida por João Paulo Fernandes, e música tradicional portuguesa com o Cramol, grupo de canto tradicional de mulheres.
O menu de conteúdos inclui ainda vários pequenos sketches informais (Palavras de Bolso) destinados aos mais novos, e duas palestras em forma de entrevistas ao vivo, uma das quais com Nuno Maulide, professor de Química Orgânica na Universidade de Viena, autor do livro Como Se Transforma Ar em Pão, verdadeiro best-seller na edição livreira dedicada à divulgação científica, e outra com a consagrada escritora Lídia Jorge.
Nos quatro dias desta ocupação festiva, a Antena 2 e o CCB convidam assim os ouvintes / espectadores a celebrar ao vivo "os valores artísticos do passado, os que marcam o presente e os que o futuro nos promete".
Todos os eventos em sala são transmitidos pela Antena 2 e podem também ser acompanhados em direto via internet, em vídeo streaming, na RTP Palco.
A Antena 2 deve, por fim, uma palavra de sincera gratidão ao Centro Cultural de Belém por nos acolher com a maior simpatia e profissionalismo.

João Almeida
Diretor da Antena 2


Programação


4ª feira | 22 Fevereiro
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Música de câmara
Quarteto Vintage

Iva Barbosa, clarinete em sib e mib
João Moreira, clarinete em sib
José Eduardo Gomes, clarinete em sib e cor basset
Ricardo Alves, clarinete baixo

Programa

Joseph Horovitz (1926-2022) - Variações sobre um tema de Paganini

Johann Sebastian Bach (1685-1750) / Nuno Peixoto de Pinho (1980-?) - (Re)Invention [estreia mundial]

Steve Reich (1936-?) (arr. Vítor de Faria) - New York Counterpoint

Claude Debussy (1862-1918) (arr. V. Donatelli) - Clair de Lune

Jean Françaix (1912-1997) - Petit Quatuor
I. Gaguenardise
II. Cantilène
III. Sérénade Comique

Giacomo Puccini (1858-1924) (arr. Vítor de Faria) - Quando me’n vo (La Bohème)

Vítor de Faria (1978-?) - Tributo a Zeca



O Quarteto Vintage tem sido aclamado e distinguido não só pela excelência técnica e musical mas também pela capacidade criativa e inovadora dos seus projetos. São exemplos disso as várias estreias mundiais e obras dedicadas ao grupo: Ostinando de Bruno Ribeiro; Fado a Quatro e Tributo a Zeca de Vítor de Faria; Polyglot de Mike Curtis; a adaptação para quarteto de clarinetes, marimba e vibrafone da peça de Luís Tinoco Short Cuts; a ópera Serrana-Fragmentos de Vítor de Faria; a primeira versão para quarteto de clarinetes e solista do Quinteto “Stadler”, K. 581 em Lá maior de Mozart; e a primeira versão para quarteto de clarinetes e eletrónica de New York Counterpoint de Steve Reich.
Mantendo ao longo dos anos uma atividade intensa e dinâmica, o quarteto gravou os discos Art Vintage e Clair de Lune, apresentando‐se nas mais importantes salas e festivais do país, bem como no Japão, Canadá, Itália, Espanha, Bélgica e Suíça.
No ano em que celebrou 15 anos, o Quarteto Vintage estreou a primeira obra portuguesa para Quarteto de clarinetes e Banda Sinfónica - Drone Variations de Carlos Azevedo -, encomenda da Banda Sinfónica Portuguesa.
Em 2022 fez a estreia mundial da primeira peça escrita para Quarteto e clarinetes e orquestra - A bênção como espada, a espada como bênção! - da compositora Ana Seara, encomenda da Orquestra Clássica do Centro.
Depois de mais de 20 anos de atividade, o Quarteto Vintage continua a convidar o ouvinte para viagens musicais únicas, através de sonoridades ímpares e inspiradoras.

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4ª feira | 22 Fevereiro
21h00 | Grande Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Música Filarmónica
Filarmónica União Taveirense 

Leonor Barbosa de Melo, soprano
Carlos Guilherme, tenor
Alexandre Madeira, sax-soprano solo 
Tomás Martin, sax-barítono solo 
Daniel Bernardes, piano
Sérgio Carolino, tuba
Jeffery Davis, vibrafone
Ismael Silva, marimba
Coro Juvenil com alunos da Academia dos Amadores de Música de Lisboa, 
Conservatório de Música do Choral Phydellius de Torres Novas e Escola de Música da FUT
Direção de João Paulo Fernandes

Programa

Nelson Jesus (1986) - Fanfarra para Inês, op. 66
[obra encomendada em estreia absoluta]

Jorge Costa Pinto (1932) - Dialogus Tranquilis, op. 103
1. Andante & moderato
2. Moderato assai
3. Allegro molto

Daniel Bernardes (1986) - Deste Tempo e do Outro
1. Allegro
2. Nostálgico
3. Allegro

Aurélien Vieira Lino (1980) - A Batalha de Ragnarok

Paulo Perfeito (1974) - Rhaposódia em Blues

Luís Cardoso (1974) - Pélago para soprano e coro juvenil, op. 43
  1. Barca Bela - Almeida Garrett
  2. Mar Português - Fernando Pessoa
  3. Os Lusíadas - Luiz Vaz de Camões

Raul Ferrão (1890-1953) e José Galhardo (1905-1967) (arr. João Fernandes) - Coimbra



Este concerto resulta do Prémio de Mérito Coreto - 1ª edição (instituído pelo programa Coreto da Antena 2, realizado por Jorge Costa Pinto), atribuído à Banda Sinfónica da Filarmónica União Taveirense pela qualidade apresentada na gravação do álbum FUT - 150. O álbum assinala 150 anos de história da Filarmónica União Taveirense e 15 anos sob a direção de João Paulo Fernandes, e dá a ouvir 6 obras originais encomendadas pela FUT aos compositores portugueses Luís Cardoso, Telmo Marques, Jorge Costa Pinto, Daniel Bernardes, Aurélien Vieira Lino e Paulo Perfeito além de um arranjo do fado-canção Coimbra de Raúl Ferrão e José Galhardo orquestrado por João Paulo Fernandes. 
Este concerto apresenta 5 obras originais e o arranjo do Coimbra, interpretado pelos solistas Leonor Barbosa de Melo, Daniel Bernardes, Sérgio Carolino, Ismael Silva, Jeffery Davis e Carlos Guilherme e conta também com a participação dos solistas da FUT Alexandre Madeira e Tomás Martin. 
Para a obra Pélago de Luís Cardoso com textos de Almeida Garrett, Fernando Pessoa e Luís Vaz de Camões, a Banda Sinfónica da FUT conta com a participação especial de um coro juvenil composto por cerca de 50 alunos dos Conservatórios de Música da Academia dos Amadores de Música de Lisboa, do Choral Phydellius de Torres Novas e da Escola de Música - FUT. 
Para a abertura deste concerto a FUT encomendou ainda ao compositor português Nelson Jesus a obra Fanfarra para Inês op. 66, por forma a notabilizar o Prémio de Mérito Coreto e a participação da Banda Sinfónica da FUT no Festival Antena 2.

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5ª feira | 23 Fevereiro
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Música Barroca
Ensemble Fiori e Fuoco

Orlanda Velez Isidro, soprano
Pieter Affourtit, violino
Pedro Lopes, violino
Sophia Reiß, violoncelo
Helena Raposo, teorba


Programa

Giovanni Paolo Cima (1570-1630) - Sonata para violino, violone e contínuo em Sol menor

Claudio Monteverdi (1567-1643) - Lamento della Ninfa, para soprano e contínuo

Dario Castello (1602-1631) - Sonata Quarta, para 2 violinos e contínuo

Giovanni Girolamo Kapsberger (1580-1651) - Prelúdio nº 12 em Lá menor

Tarquinio Merula (1595-1665) - "Canzonetta Spirituale..."

Domenico Gabrielli (1659-1690) - Ricercar 3 em Ré maior, para violoncelo solo

Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594) - "Vestiva e Colli", para soprano e alaúde
Francesco Rognoni (1570-1626) - "Vestiva e Colli", para violino e contínuo

Giovanni Girolamo Kapsberger (1580-1651) - Toccata Seconda Arpeggiata

Claudio Monteverdi (1567-1643) - "Quel sguardo...", para soprano e contínuo
Tarquinio Merula (1595-1665) - Ciaconna em Dó maior, para 2 violinos e contínuo

Dietrich Buxtehude (1637-1707) - "Herr wenn ich nur Dich habe", para soprano, 2 violinos e contínuo




O Ensemble Fiori e Fuoco é constituído por intérpretes com diferentes percursos musicais e culturais, todos com uma paixão unificadora pela Música Antiga. 
Este programa propõe uma viagem de sensações e emoções através da interpretação de obras de influência (ou mesmo origem) italiana, que tocam na definição que os músicos têm de música antiga: arrebatadora por vezes, jocosa e leve noutras; quente e apaixonada ou fria e sofrida; simples e complexa… em todo o caso sempre presente e fascinante.



5ª feira | 23 Fevereiro
21h00 | Grande Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Música Sinfónica
Orquestra Gulbenkian 
Direção de Dinis Sousa

Programa

Antonín Dvořák (1841-1904) - Abertura Othello

Luís de Freitas Branco (1890-1955) - Paraísos Artificiais

Maurice Ravel (1875-1937) - La Valse

Igor Stravinsky (1882-1971) - Suite Pássaro de Fogo



Postura filosófica e estética subjacente a um momento de mudança na linguagem musical do início do séc. XX, o Modernismo caracteriza um período diversificado de reinterpretação e renovação musical. Foi precedido pelas ousadias românticas e pós-românticas, incluindo a expressão dos nacionalismos emergentes, sendo o compositor checo Antonín Dvořák disso exemplo. 
Neste programa da Orquestra Gulbenkian, cujo repertório se concentra num espaço temporal de cerca de 30 anos, podemos escutar uma parte muito relevante dessa evolução, desde a expressão ainda romântica da Abertura Otelo (1892) - capítulo final da trilogia de aberturas “Natureza, Vida e Amor” -, até ao vanguardismo “infernal” da suite (1919) de O Pássaro de Fogo de Stravinsky. 
Em Portugal, Luís de Freitas Branco é considerado o introdutor do Modernismo, sendo obra chave nesse processo o poema sinfónico Paraísos Artificiais (1910). Por fim, La Valse (1920), de Ravel, compositor francês frequentemente associado à corrente impressionista, é uma obra concebida como um tributo, em forma de apoteose, à valsa vienense.



6ª feira | 24 Fevereiro
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Música Tradicional
Cramol

Programa

Pelas arrigas do linho (Douro Litoral/Arouca/Espiunca)

Agora baixou o sol (Trás-os-Montes/Vinhais/Tuiselo)

Ó cabo, leira, ó cabo (Douro Litoral/Aveiro/Moldes)

Senhora do Alívio (Minho/Viana do Castelo)

Canções de Embalar

Cala-te, menino cala (Covilhã)

Arroró (Ilhas Canárias/Hierro)

Embalo (Madeira/Machico)

Arroró (Zamora)

José embala o menino (Beira Baixa)

Ró Ró (Trás-os-Montes)

Maçadeiras (Beira Alta/Manhouce)

Tascadeiras do meu linho (Douro Litoral/Arouca/Espiunca)

Espadelada (Beira Alta/Manhouce)

Deita-te ao correr da água (Minho/Braga/Tebosa)

Fui falar à tecedeira (Beira Alta/Arouca/Bouça)

A Fonte do Salgueirinho (Trás-os-Montes)

Em Maio (Beira Alta/Manhouce)

Ai de mim, tanta laranja (Alentejo)

Ai ó meu S. João da Ponte (Minho/Braga/Vilarinho da Furna)

Por riba se ceifa o pão (Beira Baixa)

Misericórdia (Douro Litoral)

Aleluia (Beira Alta/Viseu/Tondela)

Abaixai-vos carvalheiras (Minho/Braga/Bouro/Amares)

Eito fora (Beira Alta)

Menina do Balho (Beira Baixa)

Serra d’Arga (Minho)



Entrecruzando em canto o sagrado e o profano, o ciclo da vida, o ciclo da natureza e o ciclo religioso, o Cramol procura dar a conhecer o canto da mulher rural no seu quotidiano.
Mais de vinte mulheres cantam, muitas das vezes em círculo, polifonias tradicionalmente reservadas ao seu género. Estas mulheres, que partilham a mesma origem urbana, mas que têm profissões e idades muito diversificadas, procuram no seu interior o timbre e a disposição que nasce com cada útero. Esse timbre, por vezes estranho, por vezes estridente, toma diferentes formas não só consoante as regiões do país, mas também conforme a situação em que a canção é evocada, aquilo que conta ou de quem lhe dá voz.
Trata-se de uma pesquisa íntima para cada uma destas mulheres, tomada como uma aventura - a aventura de descobrir a essência e a força da sua feminilidade. É afinal uma outra forma de embalar um filho, de se dizer que se está feliz, que se está em sofrimento, que se está apaixonada.
O grande desafio é, mais do que reproduzir fielmente os cantos tradicionais de mulheres, enfrentar uma nova disponibilidade da voz e do corpo, recriando uma temporalidade que se julgou perdida nas sociedades de hoje.
O Cramol nasceu em 1979 no seio da Biblioteca Operária Oeirense aonde semanalmente ensaia. De um atelier de aprendizagem onde se aprendia o repertório de canto de mulheres, sobretudo da Beiras, Minho, Douro Litoral, Entre Douro e Minho, mas também Trás-os-Montes, Alentejo, Algarve, e alguma incursão nas ilhas, rapidamente se tornou um grupo de nome próprio Cramol - de clamor, o canto, a vozes, que se fazia e faz ouvir nas procissões de preces e rogações que, posteriormente deu cramol e passou a designar o canto a 3 vozes. A primeira abordagem a este repertório e à sua sonoridade deste canto, faz-se através das recolhas de Michel Giacometti e do seu trabalho com Fernando Lopes-Graça.
A paixão, a riqueza, extensão e diversidade do canto tradicional de mulheres tem mantido vivo o grupo e o repertório. O grupo foi alargando a base de trabalho a outros Cancioneiros, como o de Cinfães, Lafões, Arouca, etc.
Constituído atualmente por 21 elementos, o Cramol tem direção artística de Eduardo Paes Mamede desde 2003.



6ª feira | 24 Fevereiro
21h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Jazz
Mário Costa Quarteto - Chromosome

Cuong Vu, trompete 
Bruno Chevillon, contrabaixo 
Benoît Delbecq, piano, sintetizador e samplers 
Mário Costa, composição, bateria e eletrónica   

Programa

La grotte   

Adamastor  
 
Moluccas   

Moonwalk   

Chromosome   

Victoria   

Chamber Music   


@ Flavio Cruz

Mário Costa é uma das principais referências do jazz contemporâneo nacional e da bateria em particular, e construiu um notável percurso ao longo dos últimos anos: são mais de 600 os concertos realizados enquanto baterista de artistas como António Zambujo, Miguel Araújo e Ana Moura - com quem tem atuado em algumas das mais prestigiadas salas do mundo (de que são exemplo o Carnegie Hall, a Ópera de Sydney ou a Filarmonia de Berlim). 
Investindo em paralelo na sua carreira internacional, e sendo uma figura em clara ascensão nesse plano, já partilhou o palco com John Taylor, John Beasley, Vincent Peirani, Jason Rebello, Metropole Orkest, Michael Wollny, Theo Ceccaldi, Liudas Mockunas, Dominique Pifarély, Thomas de Pourquery, Yaron Herman, Andy Sheppard (integrando o novo quarteto do saxofonista inglês) e Emile Parisien (chamado a juntar-se ao super-grupo revelação do jazz europeu Sfumato). Os dois registos discográficos de Sfumato, o primeiro dos quais escolhido como álbum do ano pelos prestigiados prémios Victoires du Jazz, consagram em definitivo o baterista português, permitindo-lhe partilhar os palcos ao lado de figuras maiores do jazz mundial, como os lendários Michel Portal, Joachim Kühn e Wynton Marsalis. 
Nesta mesma área, o seu sucesso pessoal está associado a tudo o que o jazz nacional conquistou além-fronteiras e dentro destas, colaborando com vários músicos de diferentes gerações, desde João Mortágua ou Hugo Carvalhais a Carlos Bica ou Mário Laginha. Em 2018, com a edição de Oxy Patina, iniciou uma muito elogiada carreira enquanto líder e compositor, acompanhado novamente por duas figuras incontornáveis do jazz europeu: Benoît Delbecq (piano) e Marc Ducret (guitarra). 
A estreia em nome próprio, além de inúmeras críticas internacionais, recebeu a classificação máxima pela revista Jazz.pt, que lhe atribuiu os títulos de "melhor disco do ano" e "músico de jazz nacional do ano". 
O segundo capítulo desta aventura mais autoral, a publicar em Fevereiro de 2023 pela editora Cleanfeed, terá como título Chromosome, numa referência directa à composição de Mário Costa, pensada especificamente para o ADN de cada um dos músicos que agora o acompanha. É esse sentimento, de temas preparados com o cuidado para permitir a cada elemento a exploração das suas qualidades, que engrandece o brilhantismo de um disco tão cativante quanto inesperado nos seus nove temas. 
Se lembrarmos que a trompete de Cuong Vu costuma ser escutada em projectos de Bill Frisell, Pat Metheny, David Bowie ou Laurie Anderson, que o contrabaixo de Bruno Chevillon surge amiúde ao lado de Louis Sclavis, Michel Portal ou Daniel Humair, e que o piano de Benoît Delbecq, além dos projectos próprios, tem tocado com gente tão díspar e especial quanto Evan Parker, Mark Turner ou Mary Halvorson, fica-se com uma pálida ideia do encontro que aqui acontece. Mas porque esta música é muito mais do que a soma das partes e porque cada composição funciona como uma passadeira vermelha que Mário Costa estende a cada um dos seus cúmplices, é também muito mais aquilo que, qual milagre, se revela na união destes quatro músicos. E, por isso, tudo fica por dizer. Só a música pode falar pelo deslumbramento e pela explosão de criatividade que se liberta de Chromosome.    



Sábado | 25 Fevereiro
15h00 | 16h30 | Pequeno Auditório
Entrada livre
mediante levantamento de bilhete na bilheteira CCB
Maiores 6 anos

Palestras | Ciência e Literatura
Nuno Maulide | Lídia Jorge

Programa

15h00 | Nuno Maulide (com João Almeida) c/ piano

16h30 | Lídia Jorge (com Luís Caetano)



Nuno Maulide nasceu em Lisboa em 1979, é professor premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano em 2018. Estudou piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidades de Louvaina, Paris e Stanford. Em 2009 assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr. Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. Em 2021 publicou Como Se Transforma Ar em Pão, um livro sobre a relação entre a Química e tudo o que nos rodeia no dia-a-dia, um best-seller que se tornou uma referência no âmbito da divulgação científica.

Lídia Jorge é sinónimo de literatura. A escritora acaba de publicar Misericórdia, um livro íntimo e belo, a olhar os tempos incertos em que vivemos e as inevitáveis fragilidades do ser humano, mas também as suas surpreendentes forças e desígnios - o mistério da vida, de que Lídia Jorge é desde sempre cronista. E de crónicas se faz também a sua história na Antena 2, onde durante um ano leu os textos de Em todos os sentidos, crónicas depois reunidas em livro. 
Lídia Jorge nasceu em Boliqueime em 1946. É uma das autoras mais traduzidas e premiadas da língua portuguesa - do Prémio Correntes d'Escritas ao da Feira do Livro de Guadalajara. O primeiro romance foi publicado em 1980 - O dia dos prodígios. Com o seu nome foram criadas cátedras nas universidades de Genebra e Massachusetts.



Sábado | 25 Fevereiro
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Música Coral
Coro Musaico 

Direção de Tiago Marques

Programa

George Harrison (1943-2001) - Here Comes the Sun (arr. Tiago Marques)

John Lennon (1940-1980) / Paul McCartney (1942-?) - Because (arr. Tiago Marques)

Ringo Starr (1940) - Octopus' Garden (arr. Tiago Marques)

John Lennon (1940-1980) / Paul McCartney (1942)
 
- A Hard Day's Night (arr. Tiago Marques)

- Can't Buy Me Love - instrumental (arr. Carlos Garcia)

In My Life (arr. Darmon Meader)
Dear Prudence - instrumental (arr. Carlos Garcia)

- Blackbird (arr. Tiago Marques)

Day Tripper (arr. Jonathan Rathbone)

Penny Lane - instrumental  (arr. Carlos Garcia)

Yesterday (arr. Tiago Marques)
- Drive My Car (arr. Tiago Marques)



Os Beatles são considerados a banda pop mais influente de todos os tempos: a qualidade das suas canções, dos temas de rock’n roll com que a banda começou à sua fase mais experimentalista, levou-as a serem interpretadas ao longo dos anos por inúmeros outros grupos. Entre estas interpretações deve dar-se um destaque especial aos arranjos altamente complexos de grupos vocais como os Swingle Singers, os New York Voices e o Real Group. 
O Musaico, coro da Escola de Música do Conservatório Nacional, apresenta um programa composto por alguns destes arranjos, entre vários outros criados para a ocasião pelo maestro Tiago Marques.



Sábado | 25 Fevereiro
21h00 | Grande Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos

Concerto | Piano Solo
António Rosado


Programa

Enrique Granados (1867-1916) - Suite Goyescas
- El Pelele (Escena Goyesca)
- El amor y la muerte (Balada)
- Epílogo (Serenata del espectro)

Federico Mompou (1893-1987) - Variações sobre um tema de Chopin

Franz Liszt (1811-1886) - Rapsódia Espanhola


© Kristalerina

Dele disse a revista francesa Diapason que é um "intérprete que domina o que faz. Tem tanto de emoção e de poesia, como de cor e de bom gosto."
António Rosado tem uma carreira reconhecida nacional e internacionalmente, corolário do seu talento e do gosto pela diversidade, expressos num extenso repertório pianístico que integra obras de compositores tão diferentes como Georges Gershwin, Aaron Copland, Albéniz ou Liszt. Esta versatilidade permitiu-lhe apresentar, pela primeira vez em Portugal, destacadas obras como as Sonatas de Enescu ou paráfrases de Liszt, sendo o primeiro pianista português a realizar as integrais dos Prelúdios e também dos Estudos de Claude Debussy. No registo dos recitais pode incluir-se também a interpretação da integral das sonatas de Mozart e Beethoven.
Atuou em palco, pela primeira vez, aos quatro anos de idade. Os estudos musicais iniciados com o pai tiveram continuidade no Conservatório Nacional de Música de Lisboa onde terminou o curso Superior de Piano, com vinte valores. Aos dezasseis anos parte para Paris, e aí vem a ser discípulo de Aldo Ciccolini no Conservatório Superior de Música e nos cursos de aperfeiçoamento em Siena e Biella (Itália).
Em 1980, estreou-se em concerto com a Orchestre National de Toulouse, sob a direção de Michel Plasson e desde essa data tem tocado com inúmeras orquestras internacionais e notáveis maestros como: Georg Alexander Albrecht, Moshe Atzmon, Franco Caracciolo, Pierre Dervaux, Arthur Fagen, Léon Fleischer, Silva Pereira, Claudio Scimone, David Stahl, Marc Tardue e Ronald Zollman.
Também na música de câmara tem atuado com prestigiados músicos como Aldo Ciccolini, Maurice Gendron, Margarita Zimermann, Gerardo Ribeiro ou Paulo Gaio Lima, com o qual apresentou a integral da obra de Beethoven para violoncelo e piano. Laureado pela Academia Internacional Maurice Ravel e pela Academia Internacional Perosi, António Rosado foi distinguido pelo Concurso Internacional Vianna da Motta e pelo Concurso Internacional Alfredo Casella de Nápoles. Estes prémios constituem o reconhecimento internacional do seu virtuosismo e o impulso para uma brilhante carreira, com a realização de recitais e concertos por todo o Mundo, e a participação em diversos festivais. Na década de 90, foi o pianista escolhido pela TF1 para a gravação e transmissão de três programas - música espanhola e portuguesa, Liszt e, por fim, um recital preenchido com Beethoven, Prokofiev, Wagner, Liszt. Desde a década de 80, participou inúmeras vezes no Festival de Macau, nomeadamente com a Orq. Gulbenkian, Orq. Metropolitana de Lisboa, Orq. N. da China - no concerto inaugural do Centro Cultural de Macau - Orq. Xangai, Orq. de Câmara de Macau e ainda com o clarinetista António Saiote.
O seu primeiro disco gravado na década de 80, em Paris, é dedicado a Enescu. Outros discos se seguiram, nomeadamente, as obras para piano de Vianna da Motta; um cd comemorativo dos 150 anos da passagem de Liszt por Lisboa; a Fantasia de Schumann e a Sonata de Liszt. Com o violinista Gerardo Ribeiro gravou as Sonatas para piano e violino de Brahms e com o pianista Artur Pizarro, um disco intitulado Mozart in Norway. Com a NDR Sinfonieorchestra de Hamburgo, gravou o Concerto n. 2 e Rapsódia sobre um tema de Paganini de Rachmaninov. Em Portugal gravou os dois Concertos de Brahms com a Orquestra Nacional do Porto, em 2004 a integral das Sonatas para piano de Fernando Lopes-Graça e em 2006 as oito suites “In Memoriam Bela Bartók” do mesmo compositor.
Mais recentemente os Prelúdios de Armando José Fernandes e Luís de Freitas Branco e, em 2012, a integral das Músicas Festivas de Fernando Lopes-Graça. Em 2016, lançou um disco com a Integral dos Prelúdios de Debussy (Calanda Music) e em 2017, com o apoio da Fundação GDA, lançou um disco de autor dedicado às Sonatas para violoncelo e piano de César Franck e Luís de Freitas Branco, com o violoncelista Filipe Quaresma.
António Rosado detém o prestigiado grau de Chevalier des Arts et des Lettres, distinção concedida pelo Governo Francês em 2007.



4ª feira a sábado | 22 a 25 Fevereiro
18h30 | Foyer Pequeno Auditório
Entrada livre 
mediante levantamento de bilhete na Bilheteira CCB
Maiores 6 anos

Performance | Palavras de Bolso

Ana Isabel Gonçalves
Paula Pina



As Palavras de Bolso são curtas rubricas diárias transmitidas na Antena 2, com o objetivo de promover a língua portuguesa de um modo simultaneamente divertido e educativo, com recurso ao humor, a efeitos surpresa e a dinâmicas vocais expressivas.
Pode-se aprender, por exemplo, como se faz a chuva e se cria uma tempestade, ou como se evoca uma lareira a crepitar e o bater do coração, uma árvore a tombar ou um rebanho a pastar.




Para informações acerca de bilheteira, inclusive o "Passe p/ todo o Festival" (20€), horários, acessos e outras, visitar o site do CCB.