Arte rupestre coreana também "Não sabe nadar"

por João Fernando Ramos

O Museu do Côa recebe a partir de sábado, dia 18 de junho, uma mostra da arte rupestre coreana.
Martinho Batista, o diretor do museu lembra que "o que vamos expor é um importante legado que também ele está ameaçado por uma barragem. Tal como aconteceu connosco o sítio de Bangudae, próximo de Ulsan, é ameaçado por um aproveitamento hidroelétrico".

É primeira vez que parte do importante espólio de arte neolítica coreana pode ser vista na Europa.

A arte do Coa já tinha sido exposta na Coreia do Sul que agora retribuí trazendo pela primeira vez à Europa uma das jóias do seu património.

Trata-se de uma mostra especialmente concebida para o Museu português que vai poder ser visitada até meados de outubro.

A exposição, centrada no espólio do sítio de Bangudae, onde estão gravadas as mais antigas representações de baleias conhecidas na arte rupestre do neolítico, apresenta também peças representativas dos principais sítios de arte rupestre da Coreia do Sul, em particular o de Cheonjeon-Ri.

"A Coreia do Sul está a fazer um esforço para também classificar a sua arte rupestre como Património da Humanidade", explica no Jornal 2 Batista Martinho, que lembra que para além da qualidade e importância dos achados, o Côa e Ulsan partilham também uma curiosidade pouco feliz. "tal como aconteceu cá, também em Bangudae, há património ameaçado por uma barragem. No caso da Coreia uma pequena mini hídrica".

A exposição resulta de uma parceria entre o Museu do Côa, o Município de Ulsan e o seu Museu do Petróglifo. O grande objetivo é ajudar dar a conhecer, proteger e classificar o importante legado coreano do neolítico, e continuar a internacionalizar o museu português que é já um dos mais importantes no circuito mundial da arte rupestre.
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