Donald Trump. "Preço será terrível" se reféns em Gaza não forem libertados até 20 de janeiro
O presidente eleito dos Estados Unidos ameaçou esta segunda-feira os grupos palestinianos da Faixa de Gaza, avisando que "o preço a pagar será terrível", se os israelitas sequestrados em Gaza há 14 meses não forem libertados antes da sua investidura.
"Se os reféns não forem libertados antes de 20 de janeiro", escreveu Trump na sua rede Truth Social, "o preço a pagar será TERRÍVEL no Médio Oriente e para os responsáveis que perpetraram estas atrocidades contra a humanidade".
Trump criticou o facto de "tudo ser conversa" e "nenhuma ação" para libertar os reféns detidos "de forma tão violenta, desumana e contra a vontade do mundo inteiro".
"Estes responsáveis serão atingidos com uma força nunca antes sofrida por alguém na longa história dos Estados Unidos da América", acrescentou. Dos 250 israelitas raptados a 7 de outubro de 2023, na invasão do sul de Israel por parte do Hamas e seus apoiantes, menos de uma centena permanecem sob sequestro ou em parte incerta.
No início de dezembro de 2024 permaneciam 97 reféns em Gaza, 35 deles declarados mortos pelo exército israelita.
Há um ano, 105 reféns vivos foram repatriados no único acordo de troca de prisioneiros até agora. Outros quatro foram depois libertados unilateralmente pelo Hamas e oito resgatados pelas Forças de Defesa de Israel num total de 117.
Israel afirma que 73 dos reféns levados na invasão morreram logo nessa data ou depois, sob custódia do Hamas, e que três foram vítimas de fogo amigo em ataques israelitas. Até setembro, os corpos de 37 reféns haviam sido entregues a Israel e as IDF haviam recuperado os de outros 34, em operações militares .
Esta segunda-feira, o Hamas revelou, sem mencionar nacionalidades, que 33 reféns em Gaza foram mortos durante os meses de guerra entre Israel e os grupos palestinianos do enclave, provocada pela invasão de 7 de outubro que deixou 1,200 civis israelitas mortos.
O Hamas condiciona o fim da guerra a uma retirada total de Israel de Gaza, enquanto Israel exige em troca a entrega dos reféns remanescentes. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra irá continuar até à erradicação do Hamas de forma a que o grupo islamita palestinano deixe de ser uma ameaça.