Política
Presidenciais 2026
Seguro exclui ser "primeiro-ministro sombra" e Filipe diz-se chave da segunda volta
O debate desta noite opôs, na TVI, António Filipe a António José Seguro. O candidato comunista a Belém reiterou que o adversário não representa a esquerda. O adversário socialista quis mostrar-se convicto de que pode ainda triunfar à primeira volta.
O arquivamento da averiguação preventiva à Spinumviva, a lista de clientes do passado de consultoria, comentário político e conferências de Luís Marques Mendes e o cenário cada vez mais consistente de uma segunda volta nas presidenciais foram os temas que dominaram o debate da noite deste sábado entre António José Seguro e António Filipe. Se o candidato socialista quis agitar confiança numa vitória à primeira volta, o adversário comunista retorquiu: “A segunda volta não existe sem mim”.
Questionado sobre o que fará, caso seja eleito para a Presidência, na sequência do desfecho da averiguação do Ministério Público à empresa da família do primeiro-ministro, António José Seguro foi taxativo: “A justiça fez o seu trabalho e o próximo presidente da República tem que trabalhar e cooperar com o que Governo que está”.
Por sua vez, António Filipe começou por sublinhar que o Ministério Público “entendeu que não havia ilícitos criminais”, uma “decisão que tem de ser obviamente respeitada”. Para contrapor: “O facto de um primeiro-ministro ter exercido atividades de natureza privada cria um problema ético e político, que se manifestou” quando o primeiro Executivo de Luís Montenegro pediu a confiança do Parlamento “e a perdeu”.
Ainda assim, Filipe concluiria que Montenegro “é primeiro-ministro, tem legitimidade constitucional e o presidente da República que for eleito vai ter de conviver com este primeiro-ministro”.
“Todos os interesses têm de ser declarados”
Já quanto à sequência de notícias sobre a atividade privada de Marques Mendes, o candidato presidencial apoiado pelo PSD, António Filipe recordou que “os candidatos a presidente da República têm obrigações declarativas, tal como têm os demais titulares de cargos públicos”.
“Todos os interesses têm de ser declarados e os eleitores decidirão em função do que for conhecido. O que vai acontecer agora é que o candidato apresentou a sua declaração, há acessibilidade e portanto há um escrutínio público que é legítimo que se faça”, reforçou.
Em seguida, ironizou: “Eu tenho aqui a minha lista de clientes, nesta folha. Não é nenhum. Fui professor universitário e não tenho clientes”.
Por sua vez, António José Seguro reconheceu que a sua leitura “coincide” com a do adversário do PCP no que diz respeito à obrigação de transparência.
“Todos nós, como candidatos, temos que submeter como condição absolutamente necessária para sermos admitidos, no Portal da Transparência, uma declaração com rendimentos, interesses. Sempre que se justifique apresentar tais dados, fá-lo-ei. Entregarei brevemente uma lista de clientes que tive”, insistiu.
“Fui professor universitário, criei as minhas microempresas, quero que fique tudo claro e divulgarei os quatro ou cinco clientes com quem trabalhei”, continuou Seguro, para observar que as suas empresas “vendem vinho e azeite”.
“Está a ser feito. Quando há clientes, temos de pedir a autorização deles. É necessário ter a sua autorização”, sublinhou, admitindo divulgar os dados, o mais tardar, até segunda-feira.
“Há pouco estive a ver os dados da faturação do ano anterior e a parte de consultoria corresponde a 12 por cento. O grosso da faturação corresponde a venda de produtos e alojamento para turistas”, atalhou.
“O voto útil é na primeira volta”
O terceiro tema introduzido no debate foi a representatividade do eleitorado de esquerda nestas eleições presidenciais. António Filipe garantiu que “o eleitorado de esquerda está aí” e procurou apresentar-se como o único capaz de o representar numa segunda volta. António José Seguro apostou, por sua vez, todas as fichas na primeira.
“Os votos vão ser contados no dia 18 à noite. Eu apresentei a candidatura de esquerda que faltava”, reafirmou Filipe, para associar Marques Mendes Seguro e Gouveia e Melo num consenso de centro-direita. Disse também manter “a leitura” de que o interlocutor neste debate “não é um candidato de esquerda”.
“São pessoas que tiveram responsabilidades políticas, no caso de Luís Marques Mendes e António José Seguro, como líderes partidários, e foram responsáveis pelas políticas públicas das últimas décadas. Há uma grande subordinação do poder político ao poder económico”, criticou.
“Pior ainda se o pacote laboral for por diante. Fazia falta uma candidatura identificada com os interesses dos trabalhadores”, vincou o antigo deputado do PCP.
“Preocupa-me passar à segunda volta. A segunda volta não existe sem mim. Não sabemos quem são os dois que vão passar. Confio que os eleitores me levarão à segunda volta”, clamou.
“Eu gostava de dizer o seguinte: esta não é uma eleição para o Parlamento, é para a Presidência da República. O voto útil é na primeira volta, não é na segunda”, retorquiu de imediato Seguro, advertindo contra uma eventual passagem do líder do Chega, André Ventura, e de Luís Marques Mendes a uma segunda volta: “O António Filipe não dormiria bem”.
“Os eleitores percebem a importância de concentrar os votos no único candidato de esquerda capaz de passar à segunda volta. Há um desequilíbrio no sentido da direita. Pode rever a Constituição sem ter a necessidade de ter o PS a votar favoravelmente. É necessário que o sistema político seja equilibrado com um presidente que possa pensar diferente”, propugnou.
“Não é que, eu sendo eleito, leve um programa partidário para Belém. Venho para unir, para trabalhar com todos os governos. Venho para ajudar a encontrar soluções para a saúde, para a habitação. Sou capaz de promover esses consensos”, prosseguiu António José Seguro.
Questionado sobre o que fará, caso seja eleito para a Presidência, na sequência do desfecho da averiguação do Ministério Público à empresa da família do primeiro-ministro, António José Seguro foi taxativo: “A justiça fez o seu trabalho e o próximo presidente da República tem que trabalhar e cooperar com o que Governo que está”.
Por sua vez, António Filipe começou por sublinhar que o Ministério Público “entendeu que não havia ilícitos criminais”, uma “decisão que tem de ser obviamente respeitada”. Para contrapor: “O facto de um primeiro-ministro ter exercido atividades de natureza privada cria um problema ético e político, que se manifestou” quando o primeiro Executivo de Luís Montenegro pediu a confiança do Parlamento “e a perdeu”.
Ainda assim, Filipe concluiria que Montenegro “é primeiro-ministro, tem legitimidade constitucional e o presidente da República que for eleito vai ter de conviver com este primeiro-ministro”.
“Todos os interesses têm de ser declarados”
Já quanto à sequência de notícias sobre a atividade privada de Marques Mendes, o candidato presidencial apoiado pelo PSD, António Filipe recordou que “os candidatos a presidente da República têm obrigações declarativas, tal como têm os demais titulares de cargos públicos”.
“Todos os interesses têm de ser declarados e os eleitores decidirão em função do que for conhecido. O que vai acontecer agora é que o candidato apresentou a sua declaração, há acessibilidade e portanto há um escrutínio público que é legítimo que se faça”, reforçou.
Em seguida, ironizou: “Eu tenho aqui a minha lista de clientes, nesta folha. Não é nenhum. Fui professor universitário e não tenho clientes”.
Por sua vez, António José Seguro reconheceu que a sua leitura “coincide” com a do adversário do PCP no que diz respeito à obrigação de transparência.
“Todos nós, como candidatos, temos que submeter como condição absolutamente necessária para sermos admitidos, no Portal da Transparência, uma declaração com rendimentos, interesses. Sempre que se justifique apresentar tais dados, fá-lo-ei. Entregarei brevemente uma lista de clientes que tive”, insistiu.
“Fui professor universitário, criei as minhas microempresas, quero que fique tudo claro e divulgarei os quatro ou cinco clientes com quem trabalhei”, continuou Seguro, para observar que as suas empresas “vendem vinho e azeite”.
“Está a ser feito. Quando há clientes, temos de pedir a autorização deles. É necessário ter a sua autorização”, sublinhou, admitindo divulgar os dados, o mais tardar, até segunda-feira.
“Há pouco estive a ver os dados da faturação do ano anterior e a parte de consultoria corresponde a 12 por cento. O grosso da faturação corresponde a venda de produtos e alojamento para turistas”, atalhou.
“O voto útil é na primeira volta”
O terceiro tema introduzido no debate foi a representatividade do eleitorado de esquerda nestas eleições presidenciais. António Filipe garantiu que “o eleitorado de esquerda está aí” e procurou apresentar-se como o único capaz de o representar numa segunda volta. António José Seguro apostou, por sua vez, todas as fichas na primeira.
“Os votos vão ser contados no dia 18 à noite. Eu apresentei a candidatura de esquerda que faltava”, reafirmou Filipe, para associar Marques Mendes Seguro e Gouveia e Melo num consenso de centro-direita. Disse também manter “a leitura” de que o interlocutor neste debate “não é um candidato de esquerda”.
“São pessoas que tiveram responsabilidades políticas, no caso de Luís Marques Mendes e António José Seguro, como líderes partidários, e foram responsáveis pelas políticas públicas das últimas décadas. Há uma grande subordinação do poder político ao poder económico”, criticou.
“Pior ainda se o pacote laboral for por diante. Fazia falta uma candidatura identificada com os interesses dos trabalhadores”, vincou o antigo deputado do PCP.
“Preocupa-me passar à segunda volta. A segunda volta não existe sem mim. Não sabemos quem são os dois que vão passar. Confio que os eleitores me levarão à segunda volta”, clamou.
“Eu gostava de dizer o seguinte: esta não é uma eleição para o Parlamento, é para a Presidência da República. O voto útil é na primeira volta, não é na segunda”, retorquiu de imediato Seguro, advertindo contra uma eventual passagem do líder do Chega, André Ventura, e de Luís Marques Mendes a uma segunda volta: “O António Filipe não dormiria bem”.
“Os eleitores percebem a importância de concentrar os votos no único candidato de esquerda capaz de passar à segunda volta. Há um desequilíbrio no sentido da direita. Pode rever a Constituição sem ter a necessidade de ter o PS a votar favoravelmente. É necessário que o sistema político seja equilibrado com um presidente que possa pensar diferente”, propugnou.
“Não é que, eu sendo eleito, leve um programa partidário para Belém. Venho para unir, para trabalhar com todos os governos. Venho para ajudar a encontrar soluções para a saúde, para a habitação. Sou capaz de promover esses consensos”, prosseguiu António José Seguro.
“Não serei um primeiro-ministro sombra”, asseverou.
“Seguro tem um discurso que não é carne nem é peixe”
Apelidando-se como “o único candidato de esquerda”, António José Seguro foi questionado sobre se já não se coloca a questão das gavetas e o candidato apoiado pelo PS reiterou que não se está a candidatar a um lugar partidário, mas a presidente.
“Algum português tem dúvidas sobre de onde eu venho?”, questionou, apelando a que “se acabe com esta cultura de trincheira e se crie uma cultura de compromisso”.
António Filipe disse que Seguro está a fazer um grande apelo a eleitores de esquerda, o que “revela uma grande dificuldade em convencer os eleitores do PS”. Debate entre António José Seguro e António Filipe na TVI e CNN Portugal
O comunista diz que não vai fazer a mesma “grosseria” que alguns camaradas do PS, mas afirma que “politicamente Seguro tem um discurso que não é carne nem é peixe. Não diz nada de esquerda”.
Relativamente à legislação laboral, Seguro defende que um candidato a presidente da República “não deve instrumentalizar as greves” e discorda de António Filipe, mas sublinha que foi “firme e claro” quanto à revisão da lei laboral que está em cima da mesa. “Não corresponde a nenhuma das necessidades que o país tem”, declarou.
António Filipe acusa Seguro de ter demorado muito tempo a pronunciar-se sobre o pacote laboral e a greve geral. “Permaneceu muito tempo em cima do muro para ver onde caía”, disse, afirmando, por sua vez, ter sido “muito claro que enquanto candidato a presidente da República não teria nenhuma neutralidade nesta matéria”.
“O António Filipe não tem o monopólio da defesa dos direitos dos trabalhadores”, diz Seguro, rejeitando ter mudado de opinião sobre a revisão laboral. “Sempre tive uma posição muito clara e firme” em relação a estas alterações na legislação laboral, assegurou.
António Filipe aponta semelhanças de Seguro com Passos
O comunista diz que o diagnóstico de Seguro é verdadeiro mas “absolve as causas”, e afirma que nunca ouviu o seu adversário a defender uma alteração da legislação laboral positiva para os trabalhadores. “Todos nos lembramos das posições muito coincidentes como as de Passos Coelho”, recordou. “É um mito urbano”, atirou Seguro.
António Filipe insiste e recorda que Seguro esteve ao lado de Pedro Passos Coelho quanto à descida do IRC para as maiores empresas. “Não é verdade, não me cole onde eu não sou colável”, respondeu o socialista, afirmando estar “sempre do lado da responsabilidade”.
“Entre nós há uma convergência quanto às preocupações sociais, ao combate às desigualdades. Temos é caminhos completamente diferentes para isso”, observou Seguro.
Questionado sobre se a “geringonça” foi boa ou má, o candidato apoiado pelo PS diz “não estar aqui para fazer comentários sobre o passado” e recusa responder diretamente, embora destaque coisas positivas desse período político.
António Filipe, por sua vez, recorda que durante o período em que foi necessário combater a Troika, “ninguém soube o que pensava António José Seguro”.
“Para António Filipe, é muito fácil tomar o lado do protesto. Eu, sobretudo quando está em causa o interesse nacional, tenho uma atitude patriótica e de esquerda”, respondeu Seguro.
“Já dei provas de estar do lado da solução e não apenas de protesto”, retorquiu o comunista.
Seguro insiste que “António Filipe vai dormir mal se Mendes e Ventura passarem à segunda volta”. “Realisticamente António Filipe não tem condições para passar à segunda volta”, diz Seguro.
Embora apelide a candidatura do seu adversário de “simpática”, Seguro diz que um voto em António Filipe ou noutro candidato à esquerda é “meio voto à direita”. “Sou o único candidato do espaço de esquerda que pode ir à segunda volta”, asseverou.
António Filipe diz que existe a ideia de não colocar todos os ovos no mesmo cesto, mas afirma que os votos em Seguro estão no mesmo cesto de Marques Mendes e Gouveia e Melo.
O comunista lembra que o PCP já desistiu antes para apoiar Salgado Zenha e Jorge Sampaio, mas acrescenta: “Seguro não é nem Salgado Zenha nem Jorge Sampaio”.
Sobre a Ucrânia, Seguro volta a defender os eurobonds e que se faça “tudo por tudo para que Putin saia das terras ocupadas na Ucrânia”. O socialista provoca, de seguida, o seu adversário, afirmando que “teve muita dificuldade em chegar a esta posição”. “Aliás, nem sei se já chegou”.
António Filipe repete que é a favor da paz e que condenou a invasão russa da Ucrânia “várias vezes”.
O candidato comunista considera que a União Europeia “devia-se ter pugnado pela paz e não pela guerra” e defende que um presidente da República “deve ter uma voz ativa da defesa da paz”.
Apelidando-se como “o único candidato de esquerda”, António José Seguro foi questionado sobre se já não se coloca a questão das gavetas e o candidato apoiado pelo PS reiterou que não se está a candidatar a um lugar partidário, mas a presidente.
“Algum português tem dúvidas sobre de onde eu venho?”, questionou, apelando a que “se acabe com esta cultura de trincheira e se crie uma cultura de compromisso”.
António Filipe disse que Seguro está a fazer um grande apelo a eleitores de esquerda, o que “revela uma grande dificuldade em convencer os eleitores do PS”. Debate entre António José Seguro e António Filipe na TVI e CNN Portugal
O comunista diz que não vai fazer a mesma “grosseria” que alguns camaradas do PS, mas afirma que “politicamente Seguro tem um discurso que não é carne nem é peixe. Não diz nada de esquerda”.
Relativamente à legislação laboral, Seguro defende que um candidato a presidente da República “não deve instrumentalizar as greves” e discorda de António Filipe, mas sublinha que foi “firme e claro” quanto à revisão da lei laboral que está em cima da mesa. “Não corresponde a nenhuma das necessidades que o país tem”, declarou.
António Filipe acusa Seguro de ter demorado muito tempo a pronunciar-se sobre o pacote laboral e a greve geral. “Permaneceu muito tempo em cima do muro para ver onde caía”, disse, afirmando, por sua vez, ter sido “muito claro que enquanto candidato a presidente da República não teria nenhuma neutralidade nesta matéria”.
“O António Filipe não tem o monopólio da defesa dos direitos dos trabalhadores”, diz Seguro, rejeitando ter mudado de opinião sobre a revisão laboral. “Sempre tive uma posição muito clara e firme” em relação a estas alterações na legislação laboral, assegurou.
António Filipe aponta semelhanças de Seguro com Passos
O comunista diz que o diagnóstico de Seguro é verdadeiro mas “absolve as causas”, e afirma que nunca ouviu o seu adversário a defender uma alteração da legislação laboral positiva para os trabalhadores. “Todos nos lembramos das posições muito coincidentes como as de Passos Coelho”, recordou. “É um mito urbano”, atirou Seguro.
António Filipe insiste e recorda que Seguro esteve ao lado de Pedro Passos Coelho quanto à descida do IRC para as maiores empresas. “Não é verdade, não me cole onde eu não sou colável”, respondeu o socialista, afirmando estar “sempre do lado da responsabilidade”.
“Entre nós há uma convergência quanto às preocupações sociais, ao combate às desigualdades. Temos é caminhos completamente diferentes para isso”, observou Seguro.
Questionado sobre se a “geringonça” foi boa ou má, o candidato apoiado pelo PS diz “não estar aqui para fazer comentários sobre o passado” e recusa responder diretamente, embora destaque coisas positivas desse período político.
António Filipe, por sua vez, recorda que durante o período em que foi necessário combater a Troika, “ninguém soube o que pensava António José Seguro”.
“Para António Filipe, é muito fácil tomar o lado do protesto. Eu, sobretudo quando está em causa o interesse nacional, tenho uma atitude patriótica e de esquerda”, respondeu Seguro.
“Já dei provas de estar do lado da solução e não apenas de protesto”, retorquiu o comunista.
Seguro insiste que “António Filipe vai dormir mal se Mendes e Ventura passarem à segunda volta”. “Realisticamente António Filipe não tem condições para passar à segunda volta”, diz Seguro.
Embora apelide a candidatura do seu adversário de “simpática”, Seguro diz que um voto em António Filipe ou noutro candidato à esquerda é “meio voto à direita”. “Sou o único candidato do espaço de esquerda que pode ir à segunda volta”, asseverou.
António Filipe diz que existe a ideia de não colocar todos os ovos no mesmo cesto, mas afirma que os votos em Seguro estão no mesmo cesto de Marques Mendes e Gouveia e Melo.
O comunista lembra que o PCP já desistiu antes para apoiar Salgado Zenha e Jorge Sampaio, mas acrescenta: “Seguro não é nem Salgado Zenha nem Jorge Sampaio”.
Sobre a Ucrânia, Seguro volta a defender os eurobonds e que se faça “tudo por tudo para que Putin saia das terras ocupadas na Ucrânia”. O socialista provoca, de seguida, o seu adversário, afirmando que “teve muita dificuldade em chegar a esta posição”. “Aliás, nem sei se já chegou”.
António Filipe repete que é a favor da paz e que condenou a invasão russa da Ucrânia “várias vezes”.
O candidato comunista considera que a União Europeia “devia-se ter pugnado pela paz e não pela guerra” e defende que um presidente da República “deve ter uma voz ativa da defesa da paz”.