O "facilitador" e "o desespero das sondagens". Marques Mendes e Gouveia e Melo trocam galhardetes

No debate desta noite, na TVI, Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes debateram as dúvidas do Almirante quanto às atividades do rival social-democrata. "Isso é o desespero das sondagens" acusou Marques Mendes.

Paulo Alexandre Amaral, Graça Andrade Ramos /
Imagem emissão TVI

Em  atualização

Questionado sobre as acusações recentes que põem em dúvida as atividades do candidato apoiado pelo PSD através da JMF, uma empresa familiar com alegadas conexões aos vistod Gold, Gouveia e Melo pediu mais esclarecimentos.

"Mantenho dúvidas porque isso é só uma parte do universo do doutor Marques Mendes, o qual abrange também a Abreu Advogados" sobre a qual "não houve esclarecimento nenhum", referiu.

"O doutor Luís Marques Mendes nos últimos dias tem-se tentado vitimizar", acusou ainda. Mas, "só é vítima da opacidade das suas respostas".

Gouveia e Melo questinou também o envolvimento de Marques Mendes com Angola, através da Angola Desk.

"O doutor Luís Marques Mendes tem de explicar isso aos portugueses", exigiu, solicitando também que o rival esclareça a sua profissão além de comentador, junto da Abreu Advogados.

Sem apontar diretamente o dedo ao adversário, o Almirante apresentou a figura do "facilitador" junto de empresas de advogados, para negócios, "misturando política, negócios e interesses".

"Não é que seja contra a lei", esclareceu. "Tem a ver com ética".
"Insinuações"

Marques Mendes referiu que elogiou o Almirante devido ao papel que este desempenhou durante a vacinação contra a Covid 19.

"Mas, o Amirante Gouveia e Melo de agora é completamente diferente do Amirante Gouveia e Melo dessa ocasião", lamentou, acusando o rival de ter "delapidado o capital" de popularidade ganho durante a pandemia.

"Não trouxe nada de novo à política", referiu, considerando "insinuações" as anteriores palavras do adversário. As "caras" são "as mesmas de sempre", "não tem experiência política, nem experiência governativa", elencou.

"É uma pessoa que se especializou na politiquice, através de insinuações permanentes", acusou.

Em resposta às exigências de Gouveia e Melo, Marques Mendes disse que a "Angola Desk não tem história, é uma organização dentro do meu escritório (Abreu Advogados) da qual fiz parte, de reflexão interna", explicando que o ano passado esteve em Angola "e em Cabo Verde e em Moçambique", a fazer conferências.

O candidato social-democrata garantiu ainda que "não fui ouvido em coisissima nenhuma" quanto à JMF nem esta teve algo a ver com vistos Gold. 

"É completamente falso aquilo que disse", afirmou, ao que Gouveia e Melo mostrou fotocópias dos títulos de artigos do jornal Público, sobre a intervenção de Marques Mendes nos vistos Gold.

"O senhor está transformado em André Ventura",
reagiu Marques Mendes. "Nunca fui acusado de coisíssima nenhuma em matéria de vistos Gold".

"Fica-lhe muito mal esse papel", lamentou o social-democrata referindo ainda que a estratégia atual do Almirante é "o desespero das sondagens", levando o rival a rir-se.
"Recusei convites para ir para o Estado"

Sobre a consultoria com a Abreu Advogados, Marques Mendes garantiu que "não há qualquer promiscuiddade entre política e negócios", lembrando que "nos últimos 18 anos não tive nenhum cargo político". 

"A minha atividade foi atividade privada", afirmou, recordando que "pertencer ao Conselho de Estado é uma atividade não remunerada". "Não é um cargo político, eu tenho de trabalhar!", referei.

"E recusei convites para ir para o Estado, não queria ter nenhuma ligação, mas tinha de trabalhar e trabalhei naquela que foi a minha profissão, a advocacia, onde comecei"< e depois também em consultadoria".

Quanto à empresa familiar privada, argumentou, "fiz o que ninguém fez": "divulgar tudo incluindo os meus clientes". Também a relação com a Abreu Advogados é "de consultadoria jurídica e institucional". "Sou consultor interno, não externo", frisou.

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