Gabinetes de apoio ao emigrante vão ajudar pequenas empresas

por Lusa
Rafael Marchante - Reuters

Lisboa, 10 jan (Lusa) - O secretário de Estado das Comunidades anunciou hoje que os gabinetes de apoio ao emigrante vão ser alargados a todo o país e ganhar novas competências, entre elas a ajuda aos micro e pequenos empresários para exportarem.

"Estamos a preparar o alargamento dos gabinetes de apoio ao emigrante, atualmente há 101, mas queremos cobrir todo o país, dotando estes gabinetes de novos conteúdos, como a identificação das micro e pequenas unidades empresariais de portugueses que trabalham nas comunidades espalhasa pelo mundo, mas também portugueses que, tendo cá esse tipo de unidades, queiram sair para o exterior", disse José Luís Carneiro.

Esta ajuda, acrescentou, é especialmente destinada a pequenos empresários "ligados a produtores locais e regionais e a estruturas produtivas de pequena dimensão que querem sair para o estrangeiro e carecem de informação, de acompanhamento consular e proteção diplomática".

Na primeira entrevista enquanto secretário de Estado das Comunidades, o antigo autarca de Baião exemplificou com o setor dos vinhos e da indústria agroalimentar, mas apontou também o mobiliário, o calçado, o têxtil, para sustentar que a ideia é que estes gabinetes sejam "verdadeiras células de inserção de Portugal no mundo e da relação do mundo com o país territorializado à escala dos municípios e das freguesias"."Articulação"
Outra das novidades, para além da "atenção muito especial na articulação com a secretaria de Estado para a internacionalização e com os serviços da AICEP" para estes pequenos empresários, é a ideia de criar um pacote turístico especificamente destinado aos emigrantes de longa duração que regressam a Portugal.

"Vamos criar um pacote turístico dentro dos gabinetes de apoio ao emigrante para lhes dar a conhecer as rotas literárias, de património, de história e cultura para proporcionar uma ligação maior, de maior conhecimento e cultura sobre os seus territórios de origem", disse José Luís Carneiro.

Questionado sobre se a integração da AICEP no Ministério dos Negócios Estrangeiros, saindo da tutela da Economia, representava uma aposta menor na diplomacia económica, o governante afastou a ideia, salientando a criação da secretaria de Estado para a internacionalização e lembrando que a economia faz parte da diplomacia.

"Há uma aposta estratégica na internacioanlização da economia portuguesa e na criação de condições para a atração de Investimento Direto Estrangeiro para o nosso país", vincou.

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